A privatização de duas companhias estaduais de energia está no radar tanto de EDP quanto de Neoenergia. As empresas afirmam que estão atentas a essas oportunidades assim como outras em geração e transmissão no Brasil. Contudo, não confirmaram que deverão apresentar proposta pelas duas estatais a serem privatizadas por seus governos.
Mario Ruiz-Tagle, CEO da Neoenergia, comentou que é necessário avaliar questões de sinergias com os atuais ativos da companhia e se são interessantes. Ele disse em sua participação no Enase 2020, durante o painel de CEOs, que a companhia olhará com atenção quando os ativos forem ofertados, mas ressaltou que uma eventual proposta seguirá a política de alocação de capital da Neoenergia, que já possui um plano de investimentos da ordem de R$ 20 bilhões para os próximos anos.
“Esse respeito à nossa política de alocação gera confiança e sucesso no nosso plano de expansão, não adianta fazer uma oferta para crescimento apenas pela expansão, tem que ter racional financeiro e operacional”, destacou o executivo.
Segundo ele, a empresa olha sim os ativos mas reforça que a Neoenergia está atenta também a outras oportunidades além dessas nos segmentos de geração e transmissão.
Miguel Setas, CEO da EDP Brasil, seguiu a mesma linha ao afirmar que a EDP tem avaliado também outros negócios no país em geração e transmissão. Por sua vez, elogiou as duas concessionárias que podem ser privatizadas ao classificá-las como “duas ótimas empresas e a EDP está atenta a essas oportunidades”, sem dar mais detalhes acerca do tema.