Operador Nacional do Sistema Elétrico apresentou proposta de operação dos reservatórios das hidrelétricas de Furnas e Mascarenhas de Moraes com o objetivo de reduzir ainda em 2020 o ritmo de queda dos volumes armazenados. A proposta, segundo o Ministério de Minas e Energia, também prevê ações para recuperar gradativamente o armazenamento das usinas a partir do início do período chuvoso.

A estratégia operativa do ONS para as duas usinas foi anunciada no dia 24 de setembro, na quarta reunião do grupo de trabalho que avalia a situação dos reservatórios dos empreendimentos, considerando os usos múltiplos da água. O operador acredita que é possível preservar cerca de dois metros no nível de operação das usinas até novembro, o que vai favorecer a recuperação mais rápida do reservatório posteriormente.

O GT de acompanhamento é coordenado pela Agência Nacional de Águas e tem a participação do MME e dos ministérios do Turismo e da Infraestrutura, do ONS, da Agência Nacional de Energia Elétrica, de Furnas, da Associação dos Municípios do Lago de Furnas, de parlamentares de Minas Gerais e de representantes de diversas instituições da sociedade civil.

Ele foi criado em março desse ano durante reunião coordenada pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, com a participação de parlamentares da bancada mineira, da ANA e de instituições do setor elétrico para tratar do Lago de Furnas, que impacta 39 municípios no estado.

Localizada no rio Grande (MG) UHE Furnas tem 1216 MW de potência instalada e foi a primeira hidrelétrica a ser construída por Furnas. Já Mascarenhas Moraes (antiga UHE Peixoto), que também pertence à estatal, tem 476 MW e foi concluída pela CPFL em 1947, dez anos antes da criação de Furnas.