Como o espaço de armazenamento das piscinas de combustíveis usados de Angra 1 (640 MW) e Angra 2 (1.350 MW) se esgotará em 2021, a Eletronuclear está construindo a Unidade de Armazenamento Complementar a Seco de Combustível Irradiado (UAS). O repositório é fundamental para que usinas da empresa continuem gerando energia para o sistema elétrico brasileiro. A obra do empreendimento – localizado dentro da central nuclear de Angra dos Reis – segue em ritmo acelerado, mesmo com a crise provocada pelo coronavírus.
Os trabalhos estão sendo realizados em duas frentes. A primeira é a implementação de modificações de projeto nas duas usinas. Em Angra 2, foram feitas adaptações na ponte polar e no semipórtico. Também serão efetuadas modificações na ponte do edifício de elemento combustível de Angra 1.
Além disso, há as obras civis, que estão em estágio avançado. Esse trabalho continua até dezembro. Até lá, serão concluídas a concretagem da laje principal, a construção de um almoxarifado e a instalação de uma cerca dupla, da iluminação externa e de uma guarita. Serão instalados ainda sistemas de monitoração de temperatura e radiação.
Todos os equipamentos necessários para realizar a transferência dos elementos combustíveis das usinas para a UAS já chegaram à central nuclear. Em novembro, terá início o treinamento do pessoal de operação e manutenção de Angra 1 e 2.
A partir de dezembro, ocorrem os testes de movimentação de transferência, que são feitos sem elementos combustíveis irradiados. A transferência começa em fevereiro por Angra 2. Em Angra 1, o procedimento está previsto para o segundo semestre do ano que vem.
Precauções
Em tempos de coronavírus, estão sendo tomadas precauções para garantir a segurança dos profissionais envolvidos no empreendimento. “Aqueles que fazem parte do grupo de risco – tanto na Eletronuclear quanto nas empresas contratadas – estão em regime de teletrabalho. Já o pessoal da linha de frente está se revezando em turnos. O objetivo é minimizar ao máximo os riscos”, explica o superintendente de Engenharia de Projeto da Eletronuclear, Lúcio Ferrari.
Inicialmente, a UAS contará com 15 módulos. No total, 288 elementos combustíveis serão retirados de Angra 2 e 222, de Angra 1, o que abrirá espaço nas piscinas de armazenamento para mais cinco anos de operação de cada planta. No entanto, o repositório comporta até 72 módulos, com capacidade para armazenar combustível usado até 2045.
Ferrari ressalta que as equipes da Eletronuclear estão trabalhando com dedicação, mesmo nesse momento de crise, para manter os prazos. “Os profissionais na linha de frente estão empenhados para que o trabalho não seja interrompido. Também temos pessoas trabalhando de casa, aprovando e liberando documentos, para não atrasar as atividades. E estamos recebendo o apoio de todas as diretorias da Eletronuclear. Agradeço o esforço e comprometimento de cada um”, finaliza.
(Nota da Redação: Conteúdo patrocinado produzido pela Eletronuclear)