O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico reforçou o compromisso com a entrada do preço horário em janeiro de 2021, na reunião mensal realizada na última quarta-feira, 7 de outubro. Além da tradicional avaliação das condições de suprimento de energia no Sistema Interligado, o encontro do CMSE tratou do novo modelo de precificação e teve a apresentação do caderno do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 com avaliações sobre micro e minigeração distribuída e baterias.
O preço em base horária é uma medida de modernização que tem sido discutida há 20 anos pelo setor elétrico. Sua implantação em duas fases começou em janeiro de 2020, quando o Operador Nacional do Sistema Elétrico adotou o Modelo de Despacho Hidrotérmico de Curtíssimo Prazo (Dessem) na programação de operação em base semi-horária.
O passo seguinte é a aplicação do modelo Dessem pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica no estabelecimento do preço em base horária. Esse cálculo tem sido feito em caráter experimental desde 2018, com a chamada operação sombra, mas só será aplicado na contabilização e na liquidação financeira do Mercado de Curto Prazo no ano que vem.
A Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico – CPAMP tem realizado reuniões mensais para acompanhar a preparação de entrada do PLD horário. O ultimo encontro aconteceu em 30 de julho, quando a comissão assegurou que a reprodutibilidade dos resultados do Dessem está garantida.
Na reunião desta semana do CMSE, a Agência Nacional de Energia Elétrica fez um balanço das ações regulatórias relacionadas à aplicação do novo modelo na formação do preço de curto prazo. Entre elas estão as discussões com os agentes de mercado sobre aspectos operacionais e comerciais do preço horário.
Monitoramento do SIN
Na avaliação do atendimento ao SIN, foram destacadas as condições dos reservatórios do Nordeste, que apresentam a melhor situação dos últimos anos, enquanto nas demais bacias de interesse do sistema os níveis dos reservatórios em setembro ficaram próximos aos de 2019. O armazenamento no fim do mês passado era de 33,0% no Sudeste/Centro-Oeste; de 41,2%, no Sul, de 65,9% no Nordeste e de 50,1% no Norte. Para o fim de outubro, a energia máxima armazenada deve ficar em 24,8% (SE/CO), 22,9% (S), 49,6% (NE) e 33,1%(N).
Também foi apontado o aumento da carga no período seco em consequência das altas temperaturas, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, e do retorno gradual da atividade econômica. A nota do CMSE não faz nenhuma menção à situação do despacho de usinas termelétricas.