O consumo de gás natural para geração termelétrica em julho registrou queda de 14,3% na comparação com junho de 2020. Foram consumidos 15,456 milhões de metros cúbicos/dia em julho contra 18,043 em junho. Em julho de 2019, o consumo de gás natural para geração termelétrica somou 25,453 milhões de metros cúbicos/dia.
Já o consumo total de gás natural no Brasil registrou um crescimento de 1,2% em julho na comparação com o mês de junho. O volume subiu de 51,25 milhões de metros cúbicos/dia em junho para 51,87 milhões de metros cúbicos/dia mês de julho. Em comparação com julho de 2019 (65,44 milhões de metros cúbicos/dia), no entanto, a retração é de e 14,3%, reflexos da pandemia de Covid-19.
Os dados fazem parte de levantamento estatístico mensal da Associação Brasileira de Gás Natural (Abegás), divulgado nesta semana. Em julho, o segmento industrial mostrou crescimento de 11% em relação a junho, saindo de 23,55 milhões de metros cúbicos/dia para 26,14 milhões de metros cúbicos/dia, mas ainda abaixo dos níveis registrados em julho de 2019, com queda de 6,2%.
O segmento automotivo também teve recuperação em julho ante junho, de 11,2%, mas os números ainda são inferiores aos do mesmo período em 2019: queda de 18,34%. Outro segmento que teve alta em julho foi o mercado comercial: 15,3%. Já o consumo residencial apresentou recuo de 4,5% em relação ao mês de junho.
“A pandemia teve um impacto brutal na demanda de gás natural nos meses de abril e maio, principalmente, mas os números de julho confirmam o movimento de recuperação já observado em junho. Isso é resultado da reabertura gradual das atividades econômicas em todo o país e da progressiva retomada da mobilidade. Com as pessoas saindo mais de casa, e usufruindo dos serviços de alimentação por entrega, o consumo residencial teve uma leve queda, mas segue com alta de 16,1% no acumulado do ano”, analisa o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
Consumo em julho/20 vs junho/20 em todos os segmentos
Industrial — Crescimento de 11%.
Automotivo — Alta de 11,2%.
Comercial — Crescimento de 15,3%.
Residencial — Recuo de 4,5%.
Cogeração — Recuo de 5,9%.
Geração elétrica — Retração de 14,3%.