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Ao lançar no fim de setembro a chamada pública para aquisição de projetos de parques eólicos, a Cemig mostra que quer estar pronta para retomar a sua expansão com uma carteira que contemple todas as fontes. Em entrevista à Agência CanalEnergia, o superintendente de Expansão e Operação da Geração e Transmissão da Cemig, Marcelo de Deus, revelou que a empresa construiu um portfólio amplo para expansão, mas que no caso das eólicas, a criação de uma carteira da fonte demandaria mais tempo para estar no ponto considerado ideal. “É um novo redirecionamento. Se a gente fosse começar do zero, demoraria. “Quisemos antecipar etapas para estar com o projeto maduro”, explica.
Recentemente, a Cemig vinha realizando leilões de compra de energia eólica e solar para o ACL. O superintendente lembrou ainda que por conta do atual desenho de mercado, de baixa expansão, a tendência é que os projetos sejam aproveitados no mercado livre. Mas na hipótese de oportunidade em leilão de energia no ambiente regulado, o projeto adquirido poderá ser inscrito no certame. “Isso tudo vamos analisar caso a caso”, avisa. A CP, que a princípio não cria vínculo, apenas manifestação de interesse, ficará aberta até às 17h do dia 23 de outubro. O ranqueamento será feito este mês e ainda este ano, será feito um pré-contrato para que até meados do ano que vem tenha uma nova chamada para eventual implantação.
De acordo com o gerente de Expansão da Geração da Cemig, Carlos Henrique Afonso, para que o projeto seja comprado, aspectos como o fator de capacidade, licenciamento, conexão e possível interferência em projetos eólicos adjacentes contarão pontos. Cada item vai receber de um a cinco pontos. As tratativas só poderão evoluir em projetos passíveis de habilitação técnica pela Empresa de Pesquisa Energética para participação nos leilões de 2021, bem como que apresentem os contratos de arrendamento acertados. Hoje a Cemig tem as eólicas cearenses de Parajuru, com 19 aerogeradores, e Volta do Rio, com 28, formando uma capacidade de geração de 70,8 MW.
A resposta dos interessados tem sido satisfatória segundo Marcelo de Deus. No início da semana foi realizado um webinar na Associação Brasileira de Energia Eólica com a participação de investidores. “Estamos vendo bastante interesse. Temos esperança que vamos conseguir excelentes projetos”, ressalta. A aposta é que a CP some perto de 1 GW, mas não há como garantir o valor final de contratação. “Vai depender muito da qualidade dos projetos, daí é que vamos fechando ou não negócios”, observa.
Solar – Nessa fonte, a estatal mineira mostra-se animada com os estudos para implantação de usinas solares flutuantes no reservatório da UHE Três Marias. Serão duas usinas, com 60 MW e 210 MW. Apesar de algumas desvantagens técnicas da solar flutuante na comparação com a construída no solo, há a perspectiva de hibridização com a hidrelétrica. A empresa visitou a maior fotovoltaica do mundo, de 150 MW na China, e tem uma equipe dedicada ao tema. “Estudamos bastante entusiasmados com o tema. Uma vez implementada, a usina será a maior do mundo”, revela Carlos Henrique Afonso, que aguarda ajustes na regulação para que ela se viabilize de vez.