Visando garantir o compartilhamento seguro e eficiente da infraestrutura de postes pelas redes de energia elétrica e de telecomunicações, a Neoenergia anunciou que tem empreendido uma série de ações para organização dos fios e identificação das operações irregulares, adequando-as as normas necessárias e avaliando quais estruturas são compartilháveis e qual o espaço de ocupação de cada empresa.

O planejamento acontece nas cinco concessionárias do grupo e atende ao disposto na regulação conjunta da Aneel, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), determinando que toda distribuidora deve dividir a infraestrutura dos postes com as empresas de telecomunicações.

No caso as operadoras de telefonia, internet e TV precisam apresentar um projeto técnico à companhia elétrica com o trajeto e a quantidade de postes que elas desejam ocupar, para que a mesma analise a viabilidade técnica e gere um contrato de compartilhamento, no qual são definidas as taxas pelo uso mútuo.

Entre janeiro e setembro desse ano, a Coelba realizou o ordenamento e manutenção em 14.612 postes, resultando na remoção de 61,5 toneladas de cabos. As iniciativas acontecem nas cidades de Feira de Santana, Salvador e região metropolitana, Itabuna, Juazeiro e Vitória da Conquista.

Já na Celpe foram feitas 6.033 intervenções em postes e vãos de redes entre irregularidades técnicas, remoção de redes não identificadas e redes oriundas de ocupações clandestinas. As ações aconteceram em 16 municípios do estado e resultaram em 41,5 toneladas de materiais removidos.

Na Cosern foram inspecionados aproximadamente 31 mil postes através dos projetos apresentados pelas empresas de telecomunicações. Já nos municípios de atuação da Elektro, entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, a verificação é feita a partir da quantidade de projetos aprovados, com mais de 100 mil novos pontos adicionados à estrutura dos postes entre janeiro a agosto.

Com o levantamento, a Neoenergia pôde confrontar o que está regularizado com o arrecadado a partir das taxas de compartilhamento. Quando se refere a ocupação indevida, as empresas são acionadas para que as devidas providências sejam realizadas em relação a assinatura de contrato.

“O desafio hoje está em contar com a aderência das operadoras de telecomunicação de forma a realizar as adequações necessárias. No que se refere a ocupação clandestina, agimos de modo a inibir a reposição das redes irregulares após a remoção, sempre buscando a regularização dessas empresas”, conclui o superintendente de Relacionamento com Cliente da Cosern, Júlio Giraldi.