As crescentes preocupações das empresas com questões sociais, ambientais e de governança, conhecidas pela sigla em inglês ESG, também orbitam no setor de energia elétrica, um dos principais segmentos da economia do Brasil, especialmente com o fato de que a matriz energética nacional é majoritariamente renovável. A Eneva está atenta a essa tendência e um passo importante para foi dado em setembro com o lançamento do Relatório de Sustentabilidade da empresa nos padrões GRI/SASB.
Dona de um parque gerador com 2,2 GW de capacidade instalada e operadora de 10 campos de gás natural em bacias localizadas no Maranhão e Amazonas, a companhia passou por uma profunda reestruturação nos últimos anos, ao longo da qual, a administração optou por intensificar a gestão de riscos, incorporando critérios ESG nos processos de decisão de investimentos.
A nova estratégia concentra os esforços da companhia em projetos de geração a gás natural, o combustível da transição energética para uma economia focada na redução de emissões de gases de efeito estufa.
No Brasil, as usinas a gás ganham importância adicional com o crescimento de usinas hídricas a fio d’água e sem a perspectiva de construção de novas hidrelétricas com reservatórios. Soma-se a esse quadro a expansão eólica e solar – fontes intermitentes, dependentes da disponibilidade do vento e do sol.
“Em um cenário de crescente demanda por energia em todo o mundo, a descarbonização é um tema relevante. Nesse contexto, o gás tem papel fundamental como combustível de transição no caminho para uma economia de baixo carbono. Por isso, este é um assunto de extrema importância no desenvolvimento do portfólio da empresa”, afirma Pedro Zinner, CEO da Eneva.
“Com o objetivo de viabilizar a transição energética e assegurar o crescimento do país, continuaremos expandindo nosso modelo de negócio”, completa o chairman da companhia, Jerson Kelman.
Um dos projetos que sintetizam a nova estratégia da Eneva é o complexo integrado Azulão-Jaguatirica, projeto que adota o modelo Reservoir-to-Wire (R2W), que integra a exploração e produção de gás natural à comercialização de energia, com usinas instaladas próximas aos campos produtores.
Vencedora de um leilão realizado em 2019, a usina será instalada em Boa Vista, no estado de Roraima, com 141 MW de capacidade instalada, com previsão de iniciar operação comercial no segundo semestre de 2021, e utilizará o gás natural extraído do campo de Azulão, no Amazonas.
O gás será liquefeito e transportado por rodovia existente, substituindo a geração a diesel no estado (ainda sem interligação com o restante do país), com a consequente redução de emissões de gases de efeito estufa e poluentes, e aumentando a segurança energética – ameaçada com a suspensão da exportação de energia pela Venezuela. A estimativa da Eneva é de uma diminuição de 178.700 toneladas de CO2 por ano.
O terceiro projeto prioritário da companhia dentro da nova gestão ESG está o fechamento do ciclo das usinas que integram o Complexo Parnaíba, no Maranhão – os empreendimentos operam em ciclo aberto e a Eneva ajustará as unidades geradoras para que operem em ciclo combinado.
Isto significa que o vapor gerado pela queima do gás natural será reutilizado para a produção de mais eletricidade. As mudanças vão adicionar mais 477 MW de capacidade instalada e evitar a emissão anual de 1,110 milhão de toneladas de CO2.
Social e Governança como temas estratégicos
Nos moldes do padrão GRI, a Eneva listou 11 temas com maior impacto e influência para o negócio e para os stakeholders. Entre eles estão investimentos sociais e adoção dos mais elevados padrões de governança corporativa.
Segundo a Eneva, um dos quesitos sociais relevantes é a contratação local, de profissionais das regiões em que a empresa atua, com remuneração compatível com o mercado e pacote de benefícios competitivos. Outro aspecto relevante é a segurança do trabalho, cujos esforços resultaram, em 2019 em registro zero de fatalidade ou problemas de saúde associados ao trabalho – incluindo colaboradores terceirizados.
Outro destaque, ressaltado no Relatório de Sustentabilidade, é o fomento do desenvolvimento local sustentável das regiões onde a Eneva atua é executado por meio da adoção e disseminação de práticas de gestão e governança, que incorporam as vertentes institucional, social, ambiental, econômica e cultural. Entre as iniciativas estão ações de capacitação vinculadas à agricultura agroecológica e familiar, e de associações.
A governança tem destaque com a composição de um Conselho de Administração com sete membros, sendo seis independentes, com mandato de um ano, passível de reeleição. A Eneva, que é listada no Novo Mercado da B3, conta também com quatro comitês consultivos (Auditoria Estatutário, Finanças, Recursos Humanos e Investimentos), para auxiliar executivos na tomada de decisões.
Além disso, a empresa estabeleceu, em 2015, um Programa de Integridade coordenado pela área de Compliance, que reúne políticas, diretrizes e procedimentos para uma atuação ética e aderente à legislação anticorrupção brasileira e às melhores práticas de integridade. Em paralelo, todos os colaboradores que ingressam na Eneva são treinados sobre o Código de Conduta,– em 2019, quase 900 colaboradores receberam o treinamento.
Covid-19 demanda ações da Eneva
E embora a pandemia da Covid-19 tenha ocorrido neste ano, a Eneva incluiu no Relatório de Sustentabilidade as iniciativas adotadas para a manutenção das atividades e para contribuir com a sociedade no combate o ao vírus e os impactos socioeconômicos decorrentes.
Entre as ações estão a doação de 25 respiradores ao Sitema Público de Saúde, equipamentos e leitos para hospitais de campanha, 49 toneladas de alimentos para 67 comunidades e priorização de compras para doações junto a comerciantes e empresas locais, para incentivar e manter as economias locais.
A Eneva doou 3.600 kits de higiene (sabonetes, máscaras, álcool em gel e água sanitária) para comunidades de municípios do entorno de unidades operacionais e mais de 2.900 kits de teste para Covid-19 para os sistemas públicos de saúde municipais e estaduais onde atua.
As ações também envolveram a adoção do regime de home-office para todas as funções administrativas e não operacionais, a identificação dos colaboradores de funções que integram grupos de risco para trabalharem em suas casas, a intensificação de procedimentos de higiene e limpeza e testagem massiva de todos os colaboradores – inclusive de empresas terceirizadas, entre outras medidas.
O que são os padrões GRI/SASB
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), os padrões da holandesa GRI (Global Report Initiative) foram lançados em 1997 para apoiar uma divulgação mais ampla de informações, com o fornecimento de estrutura e padrões para uma compreensão mais abrangente dos impactos da organização na economia, meio ambiente e na sociedade – incluindo impactos financeiros relevantes.
O padrão SASB (Sustainability Accounting Standards Board) foi criado pela americana homônima em 2011 a fim de auxiliar as companhias a identificar, gerenciar e relatar seus respectivos temas de sustentabilidade. O modelo de prestação de contas considera um conjunto de padrões de sustentabilidade que identificam questões ESG que podem impactar no desempenho financeiro de uma empresa.
O SASB pode ser aplicado em 77 setores diferentes da economia. Com a publicação do Relatório de Sustentabilidade, a Eneva considera os indicadores específicos dos setores de Óleo & Gás e de Energia no padrão SASB.
“Com a divulgação do Relatório de Sustentabilidade, a Eneva busca dar um passo adiante, dividindo informações-chave de performance com seus stakeholders, no intuito de promover a participação ativa destes na formatação da estratégia de sustentabilidade da companhia”, diz Zinner.
“Entendemos e reconhecemos que a natureza do nosso negócio passa por um momento de grande mudança e precisamos estar preparados para nos adaptar”, conclui Kelman.
O Relatório de Sustentabilidade, apontam os executivos, ratifica o compromisso da Eneva com a execução dos projetos e com as metas fixadas no âmbito do GRI e SASB, além de ser a ferramenta ideal para comunicar e mensurar as práticas ESG, avaliam.
(Nota da Redação: Conteúdo patrocinado produzido pela empresa)