O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira, 13 de outubro, o ingresso da Spic Brasil como sócia de duas termelétricas a gás natural em construção no Rio de Janeiro, em Porto do Açu. A operação está sujeita à comunicação às agências de energia elétrica (Aneel) e do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e à aprovação antitruste na China.
Conforme anunciado em agosto, a Spic Brasil, braço da chinesa Spic, comprou 33% de participação nas usinas GNA I e II, sem valor revelado. O negócio foi possível graças a um acordo firmado com as donas do projeto: Prumo, BP e a Siemens. A Spic também firmou um contrato para participação nos futuros projetos de expansão GNA III e GNA IV, que preveem a utilização combinada do GNL e de gás doméstico das vastas reservas de pré-sal do Brasil.
“Segundo as partes, a operação representa oportunidade para combinarem suas forças individuais para construírem e operarem as usinas termoelétricas, bem como incrementar os projetos potenciais de expansão, a estratégia do terminal de gás e os projetos de energia renovável em que a Spic Brasil contribuirá com a sua expertise em operação e gestão de projetos no Brasil”, destaca o CADE.
As usinas GNA I e GNA II compõem o maior complexo de geração de energia a gás da América Latina, com 3 GW de capacidade instalada – suficiente para fornecer energia para até 14 milhões de domicílios. O complexo também inclui um terminal de GNL com capacidade total de 21 milhões de m3/dia. A estimativa de investimento total planejado para o complexo GNA de gás e energia é de aproximadamente US$ 5 bilhões. A GNA I, que tem uma capacidade instalada de 1,3 GW, deve começar a operar na primeira metade de 2021.