A hidrelétrica de Itaipu atingiu 60 milhões de megawatts-hora produzidos na última segunda-feira, 12 de outubro, num período em que a usina está sendo fundamental para socorrer o sistema elétrico nacional da demanda não prevista no horário de ponta, que vem crescendo em função das altas temperaturas verificadas em diversos pontos do país.

Segundo a binacional, a UHE aumentou sua geração em poucos minutos além do programado, nos dias 2 e 6 de outubro, visando atender ao alto consumo energético no período da tarde do verão fora de época. No dia 6 a produção chegou a 1.000 MW por duas horas, atingindo o valor máximo de 1.200 MW.

Seca e pandemia – O ano tem sido atípico tanto pela pandemia quanto pela situação hidrológica, com o país enfrentando uma seca histórica. Por esses dois motivos, a geração parcial de Itaipu está 3,4% menor do que a registrada no mesmo período de 2019. Já a participação da hidrelétrica no SIN atingiu o patamar acima de 12% no ano.

A afluência média ao reservatório até esse mês tem sido de 7.934 metros cúbicos de água por segundo (m³/s), configurando o pior volume para o histórico de produção da usina entre 1983 a 2020. O segundo pior foi registrado em 2019, com 8.647 m³/s.

Do montante gerado até agora 21% supriram o Paraguai e 79% o Brasil. O fator de capacidade operativa, índice da quantidade de água turbinável que efetivamente gerou energia, chegou a 99,73%. No ano, a produtividade acumulada até agora é de 1,0880 MW médios/m3/s, acima do valor recorde de 1,0778 MW médios/m3/s do mesmo período de 2019.

Já o índice de disponibilidade das unidades geradoras foi de 97% – superior à meta da área técnica da usina, que é 94%. A indisponibilidade forçada das turbinas, indicador que mostra quando elas estão paradas por falhas técnicas ou humanas, foi de 0,06%. A referência da área técnica para este indicador é inferior a 0,5%.