O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) iniciou o processo de atualização do seu Plano Diretor de Desenvolvimento Tecnológico (PDDT). A primeira fase já foi concluída em setembro, onde foi definido os temas prioritários e os cenários aderentes as transformações tecnológicas previstas para o setor elétrico em curto, médio e longo prazo. O documento final com os detalhes do processo de revisão está previsto para ser apresentado em dezembro de 2020.

Na prática, o PDDT é um portfólio de anteprojetos tecnológicos listados para serem implementados até 2030. Elaborado em 2017, após amplo debate com os agentes do setor elétrico brasileiro, da academia e de especialistas internacionais, o documento funciona como um sinalizador das ações e dos recursos financeiros e humanos que devem ser priorizados.

Os desafios tecnológicos a serem superados:

Biênio 2020-21: Aprimoramento de modelos de previsão de sol e vento para operar uma matriz com maior variabilidade, considerando o uso restrito da água e transmissão associadas.

Triênio 2022-24: Modernização do Setor Elétrico (MME) – questões associadas à operação com visão de mercado e de despacho e formação de preço devem dominar a agenda. Entrada de sistemas e equipamentos para lidar com DSOs (responsável pela operação do sistema de distribuição, na sigla em inglês) e agregadores de geração e demanda. A expectativa é de expansão das renováveis, talvez com ritmo mais intenso.

Triênio 2025-27: A difusão da geração distribuída, o aumento da relevância dos DSOs, a emersão dos prossumidores ocorrem em conjunto com a difusão de soluções de tecnologia digital mais poderosas – desafios alcançam todos os profissionais do ONS, em particular a programação e a operação do SIN, com destaque para o controle da transmissão, fortemente exigido por redes mais voltadas à sociedade.

Triênio 2028-30+: Mobilidade Elétrica – recurso será usado em maior escala, exigindo mais previsibilidade do ONS e do sistema elétrico brasileiro. Expansão de soluções digitais, evolução do parque de renováveis, restrições ambientais, migração para uma nova matriz elétrica e, até mesmo, grandes empresas migrando para soluções de sete dias por semana, durante 24 horas.