A Raízen inaugurou nesta sexta-feira (16) um usina de geração de energia elétrica a partir do biogás resultante de subprodutos da cana. A unidade localizada na cidade de Guariba, São Paulo, tem capacidade instalada de 21 MW e deve produzir já na próxima safra 138 mil MWh/ano, o suficiente para abastecer uma cidade de 150 mil habitantes, como Araraquara (SP).
“O próximo passo é usar o biogás para abastecer a nossa frota de caminhões”, anunciou o presidente da empresa, Ricardo Mussa, lembrando que o empreendimento é “um claro exemplo de economia circular”. A planta industrial foi feita em parceria pela Raízen e a Geo Energética, que formaram a Raízen Geo Biogás.
Mussa destacou, durante cerimônia com a participação do presidente Jair Bolsonaro e dos ministros Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Ricardo Salles (Meio Ambiente), que há uma mudança evidente do conceito de usina para um ambiente de ciclo completo, e a intenção é transformar as usinas do passado nas biorrefinarias do futuro.
Resultante da associação entre a Shell e o grupo brasileiro Cosan para a produção de biocombustíveis e cogeração de energia, a Raízen é a única empresa no mundo a produzir em escala comercial o etanol de segunda geração. A unidade instalada no usina Bonfim recebeu investimentos de R$ 153 milhões e gera energia utilizando o biogás produzido a partir da conversão da torta de filtro e da vinhaça, que são subprodutos do processamento de cana-de-açúcar.
A produção atual já é comercializada no mercado livre, mas a empresa tem contrato negociado em leilão regulado de 2016, com início de suprimento em janeiro de 2021. A planta de biogás da usina Bonfim vai garantir a geração de energia ao longo do ano, com o uso da vinhaça na safra de cana e da torta de filtro durante o ano inteiro. A usina tem capacidade de moagem de cinco milhões de toneladas/ano de cana e é a segunda maior operação da Raízen no país.