Em outubro de 2017, a Sun Mobi inaugurava sua primeira usina solar, em Araçoiaba da Serra, no interior de São Paulo. De lá pra cá, foram gerados cerca de 2 GWh que ajudaram 117 unidades consumidoras instaladas em 27 municípios a usar energia solar mesmo sem ter condições de instalar painéis fotovoltaicos nos próprios telhados. De acordo com Alexandra Januário Susteras, sócia da empresa, além da satisfação dos clientes a empresa pôde constatar o impacto ambiental positivo do projeto. Até agora, as usinas evitaram a emissão de 107 toneladas de gás carbônico por meio do acionamento de térmicas a combustíveis fósseis. Isso equivale à recuperação de uma área de 4 mil m2 de florestas.

Nesses três anos, a Enertech ampliou a planta de Araçoiaba para 400 kWp e instalou uma nova unidade em Porto Feliz (1 MWp). Com isso, produz em média 165.000 kWh por mês, que são fornecidos a clientes residenciais e comerciais por meio da rede de distribuição da CPFL Piratininga. A perspectiva da empresa é, até o final do ano, viabilizar novos projetos para ampliar seu parque gerador para 10,41 MWp.

O excedente de 5% em relação à capacidade das usinas está ligado principalmente às condições climáticas observadas nos últimos anos. Segundo o sócio Guilherme Susteras, esse resultado confirma a vantagem de o país complementar sua matriz elétrica com energia solar. Caso o clima fique mais seco e as hidrelétricas gerem menos, as plantas solares produzem mais e ajudam a compensar.

A perspectiva da Sun Mobi é atender consumidores interessados em usar energia solar, mas que não têm condições de investir em sistemas próprios. Para o sócio, o modelo de negócios permite a democratização da energia solar, já que o pacote de serviços pode ser contratado por empresas ou famílias sem recursos ou condições técnicas de ter painéis solares.