A Cesp fechou o terceiro trimestre de 2020 com prejuízo de R$59 milhões, ante um resultado negativo de R$ 8 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado líquido foi influenciado por despesas com encargos da divida, provisão de litígios, baixas de depósitos judiciais, depreciação e amortização de ativos e gastos com o Programa de Demissão Voluntária, entre outros.

Apesar disso, a empresa efetuou o pagamento de R$196 milhões em dividendos (R$0,60 por ação) em outubro, referente a segunda parcela da proposta aprovada em março deste ano.

Entre os destaques do terceiro trimestre estão crescimento de 14% na receita líquida em relação ao terceiro trimestre de 2019, que atingiu R$471 milhões; Ebitda (lucro após juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado de R$236 milhões e geração de fluxo de caixa operacional após serviço da dívida de R$150 milhões.

O desempenho da receita líquida é atribuído principalmente à estratégia de sazonalização da energia vendida e ao início das operações de trading pela Cesp Comercializadora.

O endividamento bruto em 30 setembro era de R$1,770 bilhão, R$21 milhões a menos que o registrado no final de 2019. Em agosto, a Cesp captou R$1,5 bilhão em debêntures de infraestrutura para quitar antecipadamente parte do valor de debêntures emitidas após a privatização, com o objetivo de financiar o pagamento da concessão da UHE Porto Primavera. A usina deve ter o período de outorga estendido por sete anos, como ressarcimento pela quitação de débitos do GSF.