A italiana Enel teve lucro líquido de € 2,92 bilhões nos primeiros nove meses do ano. O resultado é 259,3% acima do registrado no mesmo período de 2019, de € 813 milhões. As receitas até setembro chegaram a € 48 bilhões, registrando redução de 19% frente aos mesmos nove meses de 2019. O Ebitda de €12,7 bilhões mostra que houve um recuo de 3,8% com o apurado até setembro  de 2019, de €13,2 bilhões.

De acordo com a empresa, o revés nas receitas acontece em função de uma queda nas receitas nos mercados de usuários finais, devido a uma redução nas vendas de gás e eletricidade na Espanha e na Itália no mercado regulado e no mercado livre, refletindo o impacto da pandemia, que reduziu os volumes vendidos no mercado livre nas transações entre empresas. O aumento adverso da taxa de câmbio na América Latina também foi apontado como motivo para a queda nas receitas.

Ainda segundo a Enel, o processo de descarbonição dos ativos de geração da empresa continua acelerado. Até setembro, a capacidade total de carvão do Grupo foi reduzida em 39% no ano. No terceiro trimestre, foram adicionados 900 MW de capacidade renovável e os últimos 12 meses, 4.100 MW.  A produção de energia do grupo a partir do carvão diminuiu 71%, enquanto a produção de energia renovável aumentou em 8% ou quase 6TWh. Já a produção de energia livre de emissões cresceu para 65%.

As vendas de energia no período totalizou 222,0 TWh, uma redução de 20,2
TWh  ou 8,3% em relação ao mesmo período de 2019. Especificamente, refletiu uma redução nas quantidades vendidas na Itália, de 6,8 TWh; de 6,4 TWh na Espanha e de 6,2 TWh na América Latina, principalmente no Brasil, que teve queda de 2,9 TWh.