A Omega Geração espera concluir até o final deste ano ou início do ano que vem o processo de due diligence que vem desenvolvendo para anunciar – ou não – a aquisição de mais dois parques eólicos. Os dois ativos que estão no alvo da empresa somam 230 MW e estão em obras com previsão para terminarem na primeira metade de 2021 e o outro cerca de 12 meses depois.
“Esse processo de due diligence dos projetos está em cerca de 75% de avanço e então devemos terminar no final deste ano e inicio de 2021. Aí dependendo do resultado anunciaremos ou não o negócio”, comentou o CEO da empresa Antonio Bastos em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da empresa no terceiro trimestre.
Além disso, a plataforma Omega Desenvolvimento, tem mais cerca de 200 MW no radar para o investimento. De acordo com Bastos, nessa primeira transação, caso concretizada, seriam usados recursos de caixa e na segunda por meio de emissão de ações.
O executivo acrescentou ainda que esses 200 MW citados fazem parte do plano de investimentos e que ficou congelado por conta da pandemia de covid-19. A atividade, disse, recomeçou há cerca de dois meses com as conversas reativadas, um primeiro passo para o plano. E que há uma vantagem por estar em locais onde há sinergias com outros ativos da empresa.
“O prazo para o início das operações desses projetos é final de 2022 ou início de 2023”, ressaltou.
Nos planos da empresa, solar, aparentemente, não é vista como uma alternativa para a companhia. Bastos explicou que os custos comparados entre as duas fontes ainda não colocam a fotovoltaica em igualdade devido ao alto fator de capacidade que a geração eólica onshore tem no país. Além disso, destacou o fato de que a há abundância de recursos em diversos estados.
Nem mesmo a ‘hibridização’ de ativos parece atrair o executivo. Ele comentou que a falta de capacidade de escoamento da energia acaba minando a rentabilidade dos ativos. E citou que no Nordeste apesar de ventar mais à noite, durante o dia há produção, o que levaria a um cenário de restrição da solar.
Resultados
A empresa encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido R$ 37,6 milhões, 19% maior do que o valor registrado no mesmo período do ano passado. O ebitda ficou em R$ 203,3 milhões, variando apenas 1% acima em relação a 2019.
Um destaque dado pela companhia foi a mais baixa disponibilidade eólica no período em função de problemas inesperados em dois ativos, consideravelmente novos e que precisaram ser trocados pela empresa, deixando de gerar cerca de R$ 20 milhões.
Esses ativos foram substituídos e a tendência é de que não haja problemas da mesma natureza. Outro fator foi a demora para a chegada da safra de ventos que normalmente é iniciada em julho e este ano foi registrada a partir de meados de agosto. Por isso, o executivo afirmou ainda que o quatro trimestre poderá ser o melhor já registrado pela companhia, apesar de não indicar números.