O consumo de energia elétrica no Brasil durante outubro apresentou crescimento de 1,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, ainda que tenha ficado menor do que os meses anteriores de 2020, apontam os dados do boletim InfoMercado Quinzenal, divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Mais uma vez o Ambiente de Contratação Livre (ACL) foi destaque, com alta de 7% na comparação anual. Ao se expurgar o efeito das migrações advindas do mercado cativo, o resultado permanece positivo, atingindo 2%. Os consumidores livres ampliaram em 9,3% o volume consumido de energia, enquanto os clientes especiais chegaram a 3,1% de acréscimo, ambos sem considerar o expurgo de migrações entre os ambientes.
O ACR por sua vez registrou queda de 1% em relação ao mesmo período de 2019. Desconsiderado o efeito das migrações, no entanto, o mercado regulado teria apresentado incremento 1,2% na mesma base de comparação.
Análise regional e por atividade – Entre os estados, destaque para o crescimento na demanda energética ficaram com o Mato Grosso, Tocantins e Rondônia, variando 14%, 12% e 10%, respectivamente, sendo o ACR o grande responsável pela alta. Na outra ponta, as informações preliminares apontam o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e o Distrito Federal como as regiões com maior retração frente ao mesmo mês do ano passado, com 10% e 1% para os dois últimos.
Quanto aos ramos de atividade, seguindo a recuperação observada a partir de julho, setores com grande representatividade registraram ampliação nesse mês, dentre eles os ramos de saneamento (30,3%), bebidas (13,2%), manufaturados diversos (10,7%), minerais não-metálicos (10,2%), metalurgia e produtos de metal (7,9%) e alimentícios (9,1%).
Por sua vez apresentaram variações negativas os segmentos de serviços (0,4%), extração de minerais metálicos (1,5%), veículos (4,1%) e transporte (4,4%). Os valores não consideram o expurgo de novas cargas.
Geração – Na Geração foi verificado aumento de 1,3% na comparação anual, com destaque para a elevação de 5% na produção das usinas hidráulicas e 1,7% de fotovoltaicas. Já as centrais eólicas e térmicas apresentaram respectivas quedas de 6,3% e 4,3%.