O Coletivo Nacional dos Eletricitários estima em R$ 190 milhões o prejuízo para a economia do Amapá devido ao apagão causado por um incêndio na subestação que conecta Macapá e as demais cidades ao Sistema Interligado Nacional. De acordo com o CNE, o cálculo leva em conta o que deixou de ser produzido  nas regiões afetadas. O cálculo do CNE, divulgado no seu boletim informativo, é baseado no PIB de 2019 do estado e usou valores médios, considerando quatro dias e 8 horas de apagão com carga elétrica atingida de 100% do estado.

O CNE também criticou a retirada da Eletrobras do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, ocorrida no governo Temer. Na ocasião, a alegação foi a de reforçar o perfil empresarial da estatal, sem confundir com o papel de formulação de políticas públicas do Ministério de Minas e Energia. Segundo a entidade sindical, a Eletrobras tinha assento no comitê devido a sua experiência e know-how no setor. Como dentre as atribuições do CMSE estão o acompanhamento da geração, transmissão, distribuição, comercialização, importação e exportação de energia, além da avaliação das condições de abastecimento e de atendimento, a saída da estatal e a posterior ajuda imediata no reparo da subestação avariada foi lembrada. “A expulsão da Eletrobras do CMSE mostra que houve erro crasso do governo, pois é a Eletrobras, através da Eletronorte, quem está ajudando a restabelecer o sistema elétrico do Amapá”, diz o boletim do CNE.

Outro ponto criticado pelo coletivo foi a inclusão como ré da Eletronorte em Ação Popular movida pelo senador Randolph Rodrigues que pedia soluções para o caos no estado. Nenhum ativo envolvido no episódio amapaense era de propriedade da Eletronorte.