A Eneva encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 55,6 milhões, uma redução de 38,1% na comparação com o ano anterior. O resultado ebitda da empresa ficou em R$ 277,2 milhões no período, queda de 15,5% e a margem excluindo poços secos disparou para 51,3% ante os 39% de 12 meses antes. A receita operacional líquida da companhia ficou em R$ 562 milhões, queda de 34,5%.

No ano os ganhos da geradora ficaram em R$ 321,1 milhões, aumento de 36,4%, na comparação com os nove meses de 2019. O ebitda nessa base de comparação soma R$ 992,9 milhões, aumento de 6,5%, a margem está em 49,6%, 2 pontos porcentuais a mais. A receita operacional ficou em R$ 2 bilhões, leve redução de 0,3%.

O despacho médio ponderado pela capacidade instalada no trimestre foi de 24%, com geração bruta total de 1.064 GWh, comparado a 82% no mesmo período do ano passado, com geração bruta total de 3.327 GWh. As usinas permaneceram fora da ordem de mérito do despacho durante a maior parte do terceiro trimestre, um movimento atípico para este período do ano, por isso a redução da geração.

Contudo, explicou a empresa, os resultados financeiros e operacionais vieram dentro do esperado, refletindo a queda na demanda de energia e, consequentemente, nos níveis de despacho, ainda por conta dos reflexos da covid-19.

Os investimentos no trimestre somaram R$ 407,4 milhões, aumento de 13,2%. No acumulado do ano os aportes passaram de R$ 1,6 bilhão, elevação de 156,8%. Com isso, o endividamento da companhia encerrou o trimestre em R$ 4,8 bilhões, aumento de 20,8%, e a alvancagem ficou em 3,1x a relação entre a dívida líquida ante o ebitda, queda de 0,1x no final do mesmo mês do ano passado.