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O processo de privatização de empresas estatais em que a Eletrobras tem participações acionárias é visto como uma oportunidade da empresa desfazer-se das ações que possuem nessas outras organizações. No foco estão as desestatizações da paulista Emae, da gaúcha CEEE e da brasiliense CEB, cujo leilão ocorrerá no próximo dia 4 de dezembro.

O CEO da companhia, Wilson Ferreira Junior, disse que a Eletrobras tem interesse na venda porque a meta é a de avançar com as próprias controladas, onde tem maioria do capital social. “Temos total interesse em sair dessa posição. Não há sentido de manter, podemos avançar em nossos ativos de forma sozinha em leilões ou outras transações”, comentou ele durante evento promovido virtualmente pela Apimec SP.

Na CEEE a participação da Eletrobras é de 32,6% do capital total, na CEB não foi possível identificar o volume por meio do site da estatal do DF. Na Emae é que tem uma parcela maior do capital nessa empresa, de 39%. Para ele, esse movimento do governo paulista tende a valorizar o ativo e é de interesse da empresa se desfazer.

Ferreira Junior também comentou que a recente política da empresa, aprovada pelo conselho de administração, para questões judiciais ajudará em temas em que há ações dadas como garantias. A recomendação, disse ele, é de que haja a troca dessas garantias para que a empresa trabalhe a possibilidade de ter liquidez a esses ativos.

Quanto a venda de hidrelétricas, movimento que o executivo disse no passado, que a companhia seguiria, a decisão pela venda ainda não foi tomada. Até porque a questão do GSF, apontada como uma incerteza que inviabilizou a venda de ativos ainda não está equacionado. Ele lembrou que apenas o passado está sendo resolvido diante da lei 14.052 que está em regulamentação na Aneel. E que os aprimoramentos para o futuro ainda dependem do Congresso Nacional.