A Cemig reportou um lucro líquido de R$ 545,4 milhões no terceiro trimestre, revertendo assim o prejuízo do mesmo período de 2019. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 1,3 bilhão e a margem aumentou 3,26 pontos porcentuais, para 20,86% nos três meses encerrados em setembro. A receita líquida aumentou 4,9%, para R$ 6,4 bilhões.

No acumulado de nove meses a companhia tem um lucro líquido de R$ 1,5 bilhão, resultado 41,8% menor quando comparado ao total de 2019.

Dos segmentos em que atua o maior volume de resultados da empresa foi obtido com a distribuição, com R$ 230 milhões. Em geração a companhia teve prejuízo de R$ 51 milhões e em transmissão, o resultado ficou positivo em R$ 179 milhões. Em gás os ganhos somaram R$ 69 milhões e houve mais R$ 118 milhões classificados como outras no release de resultados.

Um dos pontos que a companhia aponta como impulsionadores do resultado está a reversão de R$230,9 milhões de provisão para dívidas de consumo e serviços de energia elétrica da administração direta e indireta do Estado de Minas Gerais no trimestre, devido ao requerimento protocolado junto à Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais para compensação utilizando créditos tributários relativos ao ICMS, o qual foi deferido.

O volume de energia vendida, excluindo a CCEE ficou 6,2% menor, com 12.994 GWh, quando comparado ao mesmo trimestre de 2019. Já o volume de energia transportada seguiu o sentido inverso, com alta de 7,8%, para 5.278 GWh. Ao final a empresa reportou um aumento de 1,4% na energia distribuída pela Cemig D no terceiro trimestre do ano ante o de 2019. No mercado cativo houve retração de 3,6%.

Os indicadores de qualidade da empresa apresentaram níveis abaixo do limite estabelecido pela Aneel. Na média de 12 meses o DECi ficou em 9,32 horas ante limite de 10,44 horas e o FECi ficou em 4,63 horas sendo o limite de 6,67 horas. Já as perdas estão acima do limite de 11,42%, fecharam o trimestre em 13,82%, ou 7.079 GWh o maior volume trimestral desde junho de 2019.

Dos investimentos planejados de pouco mais de R$ 2 bilhões, a empresa executou R$ 1,2 bilhão. A dívida da Cemig ficou em R$ 10,6 bilhões, redução de 21,5% quando comparado ao final de 2019.