A Cemig vê a recuperação da demanda por energia esse ano aos níveis acima do registrado em 2019. O ponto de maior variação ocorreu em abril, quando registrou queda de 10,4%, um mercado de 5.319 MW médios, volume 620 MW médios menor do que no ano anterior. Essa curva foi sendo reduzida e em setembro a demanda já estava 3% maior, ou 179 MW médios a mais do que no mesmo mês do ano passado.
Essa inversão já foi sentida a partir de julho, segundo dados da elétrica mineira e em outubro, dados preliminares apontam para a uma um volume mais elevado ainda do que em setembro.
Na Cemig GT a empresa aponta a mesma tendência de recuperação da demanda. Houve o menor volume do ano em abril com 1.666 MW médios e esse número foi se elevando até chegar a outubro com 2.041 MW médios, também dados preliminares, o mais elevado em 2020, 22,5% de diferença entre o maior e menor volume.
De acordo com a empresa, em sua apresentação de resultados a analistas e investidores, a carga por meio da energia incentivada apresentou crescimento de 28,5% quando colocados o menor volume – registrado em abril – ao maior, de setembro com 798 MW médios. Já a carga de energia convencional aumentou 19%, passando de 1.053 MW médios de abril aos 1.190 MW médios de setembro. Contudo nessa modalidade de consumo o pico foi reportado em agosto com 1.281 MW médios.
No trimestre, o volume de energia no mercado cativo da distribuidora mineira avançou 1,4%, resultado da queda de 3,6% no ACR e crescimento de 7,8% no ACL.O mercado faturado da companhia foi de 11.319 GWh.
Endividamento
A companhia continua afirmando que a venda da sua participação da Light está como prioridade. A estatal mineira ainda que seu endividamento recuou ao menor patamar desde pelo menos 2018 e encerrou setembro com 1,55 vez a relação entre a dívida liquida e o resultado ebitda ajustado. Uma situação classificada como confortável.
Para 2021, a empresa projeta iniciar as tratativas referentes ao processo de gestão da dívida que em 2024 tem um vencimento de R$ 9 bilhões, originados de um captação de recursos no mercado por meio de bonds. Segundo a Cemig, no ano quem vem as condições de mercado deverão estar menos incertas e com melhores condições.