O Sistema Interligado Nacional (SIN) brasileiro registrou 69.322 MW médios de carga no mês de setembro, variação de 3,8% na comparação com a demanda de igual período em 2019. Na comparação com agosto de 2020, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) verificou crescimento de 7,4% na carga de setembro de 2020. No acumulado dos últimos 12 meses, a carga do SIN está 1,7% menor na comparação o mesmo período de 2020.
Em boletim divulgado nesta terça-feira, 17 de novembro, o ONS aponta que o consumo de energia elétrica do país está se recuperando com o retorno das atividades econômicas. A demanda elétrica caiu muito nos primeiros meses da pandemia de Covid-19.
“Além disso, também contribuiu para a melhoria dos índices, a elevação das temperaturas dos termômetros em grande parte do Brasil. Com a permanência dos indivíduos em suas casas, este fator intensificou a utilização de equipamentos de refrigeração ou ventilação nas residências, com consequente elevação do consumo. Ainda durante o mês, notou-se a retomada das plantas eletrointensivas, cujo consumo vinha se mantendo reduzido desde março, e alavancou ainda mais o uso da eletricidade”, disse o ONS.
O órgão continua sua análise: “De uma maneira geral, os resultados dos vários indicadores utilizados no processo de análise do comportamento da carga continuam apresentando sinais positivos. O setor industrial brasileiro apresentou expansão em níveis quase recordes em novas encomendas e na produção, além de um retorno ao crescimento das vendas para exportação. As empresas aumentaram a contratação de mão de obra e a atividade de compra apresentaram um maior otimismo em relação à produção no futuro.
O relatório do mês ainda apresenta os dados consolidados e as variações positivas pelas quatro regiões. O subsistema Sul, se comparado com setembro de 2019, saiu na frente e foi o que apresentou, no período, maior avanço, tendo registrado 5% de crescimento ou 11.477 MW médios. Em seguida, a região Norte com aumento de 4,1% ou 5.981 MW médios; Sudeste/Centro-Oeste, com incremento de 3,6% ou 40.831 MW médios, e o Nordeste com 3,2% de ascensão ou 11.033 MW médios.