O Operador Nacional do Sistema Elétrica identificou que a sequência de desligamentos ocorrida no Amapá na noite da última terça-feira, 17 de novembro, pode ter sido causada no momento da energização da linha de transmissão Santa Rita-Equatorial, em 69 kV, da CEA. De acordo com o operador, a linha está sendo mantida desligada até avaliação a ser realizada pela distribuidora.

O ONS informou que continua acompanhando a situação no estado. A carga foi totalmente recomposta na madrugada desta quarta-feira, 18. A sequência de eventos se iniciou as 20:27 horas da terça-feira, 17, quando aconteceu um desligamento automático do transformador da subestação Macapá, apenas no lado da distribuição, e da hidrelétrica Coaracy Nunes, provocando uma interrupção de 183 MW de carga no estado do Amapá.

Às 20:51 horas foi iniciado o processo de recomposição e retomada gradual das cargas quando, às 21:03, houve novo desligamento no transformador da subestação Macapá. A nova tentativa de retomada de carga se iniciou às 21:10, porém, às 21:20 ocorreu o terceiro desligamento do transformador.

Às 21:36 foi iniciada nova retomada de carga, com conclusão 01:04 desta quarta-feira, 18.

O Ministério de Minas e Energia fez um balanço das ações para normalizar a situação no Amapá. O estado já recebeu 47 unidades geradoras com capacidade de 45 MW, que serão instaladas na subestações da CEA Santa Rita (20 MW) e Santana (25 MW). Os geradores estão em processo de montagem e instalação e a energização prevista para o próximo sábado, 21.

Além disso, a montagem do segundo transformador na subestação Macapá foi iniciada nesta quarta-feira, 18, e a energização está prevista para o dia 26 de novembro. O transformador foi transportado Laranjal do Jari para Macapá.

“O Ministério de Minas e Energia está envidando todos os esforços para a recomposição do fornecimento de energia elétrica para todos os consumidores do Amapá, o mais rápido possível. As razões para os desligamentos estão sendo verificadas e a apuração de responsabilidades será realizada, com todo o rigor, pelos órgãos competentes”, concluiu o ministério na nota.