A América Latina deverá ser o local do mundo que mais aumentará sua representatividade no resultado global da Enel. A empresa projeta nesta região o maior incremento percentual no resultado Ebitda da companhia. A estimativa é de que neste ano encerre em 25% do resultado global, já em 2023 é esperado um índice de 33%. Na Itália, a estimativa é de redução de 44% para 38%, na Ibéria de 24% para 19%.
Esse crescimento, mostram as projeções da Enel, derivam do incremento na participação do Ebitda global da empresa tanto em redes quanto na geração renovável. De um total estimado de 8 bilhões de euros neste ano, a região deverá representar 23% desse valor e em 2023, quando o Ebitda projetado alcançar 9,5 bilhões de euros, responder por 36% do total. Se essas projeções se confirmarem a América Latina ultrapassa a Iberia, ficando atrás apenas da Itália.
Em geração renovável a participação deverá aumentar de 42% sobre os 4,7 bilhões de euros deste ano, para 44% do Ebitda de 6,5 bilhões de 2023 nessa unidade de negócios. Em geração convencional e comercialização aumenta de 17%, de um valor global de 2,1 bilhões de euros para 31% de um total de 1,2 bilhão de euros.
De acordo com a empresa em sua apresentação anual Capital Markets Day, que neste ano ocorreu de forma virtual, o resultado Ebitda tem como origem principal o negócio de redes da empresa que deverá manter a estabilidade em 44% do resultado operacional da empresa quando comparado o ano de 2020 à perspectiva de 2023. Já a geração renovável, capitaneado pela Enel Green Power (EGP) que neste ano deverá responder por 26% deverá crescer e alcance 30%. No sentido contrário está a geração convencional, caindo de 12% para 6%.
No plano de investimento de 2021 a 2023, a América Latina é o segundo maior destino dos investimentos da Enel no mundo. De um total de 39 bilhões de euros, 26%, ou 10,1 bilhões de euros serão destinados a essa parte do mundo.
Dentre as geografias que a Enel destaca, fica atrás apenas da Itália, seu país sede, que terá 36% do total, ou 13,9 bilhões de euros. A região da Ibéria, vem em terceiro lugar com 7,9 bilhões no período, 20% do total.
O investimento em redes e infraestrutura é o segmento que mais deverá receber recursos nessa região com 5 bilhões de euros, ou 49,5%. Em seguida vem a geração renovável, previsão é de 4,3 bilhões para a América Latina, valor que corresponde a 42,5% do total projetado.
A perspectiva é global é de que a geração renovável concentre 44% dos aportes previstos pela Enel, redes vêm em seguida com 42% do capex total. Em terceiro lugar, bem distante, aparece geração convencional com apenas 7% do valor.