Estudo contratado pela Associação Brasileira de Energia Eólica mostra que a instalação de empreendimentos da fonte tem impactado não apenas a atividade econômica, mas também os indicadores sociais de municípios localizados nas regiões Nordeste e Sul do país. O trabalho elaborado pela GO Associados estima um crescimento médio do Produto Interno Bruto real de 21,15% no período de 1999 e 2017. Um outro recorte, de 2000 a 2010, revela que Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios com parques geradores instalados aumentou em média 20,19%.
A Abeeólica já havia apresentado uma prévia da publicação durante o Brazil Windpower, mostrando que entre 2011 e 2019 o valor investido em máquinas e equipamentos e na contratação de serviços no mercado interno chegou a R$ 67 bilhões. Os efeitos diretos e indiretos na economia das duas regiões foram da ordem de R$ 262 bilhões, com mais de 498 mil empregos gerados por ano, em média, e impacto de R$ 45,2 bilhões na massa salarial. A arrecadação de tributos ficou em R$ 22,4 bilhões, dos quais R$ 11,8 bilhões em ICMS.
Os pagamentos por arrendamentos de terra para instalação de torres eólicas também tem movimentado a economia de municípios nordestinos e gaúchos. Em 2018, foram pagos em torno de R$ 165,5 milhões.
Esse valor representa um potencial de expansão da produção da ordem de R$524,6 milhões, gerando mais de 8 mil empregos e R$ 43,2 milhões em massa salarial, afirma o documento. Em termos de tributos, o valor estimado da arrecadação é R$ 45,4 milhões, sendo mais da metade, R$ 25,5 milhões, em ICMS.
Uma das conclusões levantadas a partir das estimativas de impacto potencial é que a instalação de parques eólicos contribui para a redução do índice de desigualdade. A constatação foi feita a partir da comparação com municípios do mesmo estado que não tem empreendimentos instalados. O Índice de Gini, que reflete a variável ,teve redução entre 0,02% e 0,04%, em média, dependendo do grupo de controle.
Finalmente, o estudo mostra aumento médio de 6,98% no acesso da população ao fornecimento de água. A publicação “Impactos Socioeconômicos e Ambientais da Geração de Energia Eólica no Brasil” pode ser encontrada na página da Abeeólica.