Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

A aquisição de 70% da Targus Energia pela BR Distribuidora, anunciada nesta quarta-feira, 26 de novembro, foi baseada na estratégia adotada pela empresa de se preparar para o futuro e a transição energética, indo além de ser a maior rede de postos do país e se transformando em um player que oferece ao cliente o que ele necessita. “A entrada no setor de comercialização de energia elétrica faz todo o sentido para preparar a BR para esse futuro, para fornecer a forma de energia que o cliente escolher”, explica Marcelo Cruz, Diretor executivo de Comercial B2B da BR distribuidora, em entrevista à Agência CanalEnergia.

Com quase 18 mil clientes sob gestão, a capilaridade da distribuidora de combustíveis no país foi um dos motivadores para a Targus Energia fechar a parceria. Foram avistadas oportunidades para essa base de clientes em áreas como a Geração Distribuída e no próprio mercado livre. De acordo com Daniel Lima, sócio fundador da Targus, além da robustez financeira que a BR traz para a comercializadora, houve uma comunhão de objetivos entre os envolvidos. Em 2019, a Targus faturou R$ 900 milhões, comercializou cerca de 500 MW med e faz a gestão energética de 200 clientes. O objetivo é chegar ao topo. “Desde que iniciamos as conversas ficamos extremamente otimistas. Compartilhamos os mesmos valores, de criar uma empresa com propósito e deixar uma marca”, comenta.

Apesar da grande rede de postos, a mobilidade elétrica não deverá ser alvo no momento. Para Cruz, essa temática ainda está no campo da Pesquisa & Desenvolvimento. A BR Distribuidora foi privatizada em 2019, após uma abertura de capital. Em fevereiro, ela estabeleceu uma parceria com a Golar para desenvolver o negócio de Distribuição de GNL de pequena escala no Brasil.

A comercializadora pretende atender todos os tipos de clientes, mas no primeiro momento pós-fusão, o foco estará na base da BR. Thiago Natacci, que também é sócio-fundador da Targus, coloca essa novo retrato do ambiente livre, que vai culminar com a abertura total do mercado, no radar da comercializadora. “O próximo nicho a desbravar são os consumidores menores e vamos fazer isso junto com a BR”, avisa. Segundo ele, isso vai demandar uma intensificação de um novo plano de negócios e da digitalização na Targus. Marcelo Cruz também prevê esse aumento da digitalização de forma a alcançar uma maior base de clientes. “Nosso plano prevê que avancemos nessas soluções tecnológicas para garantir essa alternativa de abranger a maior base possível de clientes da maneira mais competitiva”, explica.

Além de oferecer uma energia competitiva, Marcelo Cruz aposta no apelo e na credibilidade da marca BR junto ao mercado e aos clientes para ser o diferencial para essa nova fase da comercializadora. Clientes poderão negociar com uma empresa que ele já conhece de outras áreas. “Vamos trabalhar muito próximo ao cliente para identificar necessidades e ofertar uma proposta de valor que atenda os seus anseios”, promete. Mesmo com a compra da participação pela BR, a Targus continuará sediada em São Paulo.