O consumo de energia no Brasil em outubro teve aumento de 3,5% na comparação com o mesmo mês de 2019. Dados da Resenha Mensal da Empresa de Pesquisa Energética indicam que esse é o terceiro aumento consecutivo no ano, com a maior taxa mensal, desde fevereiro de 2019, e o maior consumo total mensal da série histórica, iniciada em 2004. Já o acumulado em 12 meses ficou em 473.774 GWh, demonstrando uma variação negativa de 1,2%, entretanto uma queda mais suave do que a anotada em setembro.
Pelo quarto mês consecutivo a classe residencial, que subiu 9,3%, tem crescimento elevado e segue puxando a demanda nacional de eletricidade em outubro, acompanhada pela classe industrial, que cresceu 4,9%. Enquanto as residências registraram o maior consumo da série histórica e a maior taxa de variação em relação ao mesmo mês do ano anterior, desde fevereiro de 2014, as indústrias apresentaram o maior consumo em outubro desde 2013, com avanço disseminado em todas as regiões do país e destaque para os segmentos metalúrgico e fabricação de produtos minerais não metálicos.
Já a classe comercial, que recuou 6%, embora registrando a menor queda desde abril de 2020, ainda permanece sob influência da pandemia da Covid-19, principalmente no setor de serviços. Apenas a Região Norte, com aumento de 1,1%, apresentou expansão do consumo no comércio em outubro.
Novamente nesse mês todas as regiões apresentaram expansão do consumo de energia, dando continuidade ao movimento de avanço disseminado por todo o País iniciado em setembro. A região Norte, que teve aumento de 6,5%, segue como destaque, acompanhada pelas regiões Centro-Oeste, que subiu 6,2%; Sudeste, que cresceu 3,3%; Nordeste, com crescimento de 2,9% e Sul, que variou 1,9%. Em variação absoluta de consumo, destaque para a região Sudeste que apresentou expansão de 675 GWh, mais que o triplo da expansão em GWh registrado pelo Centro-Oeste, que aparece em seguida com 214 GWh.
Quanto às modalidades de contratação de energia, o mercado livre apresentou crescimento de 8,6% no mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica cresceu 0,8%, primeira expansão desde fevereiro deste ano