Criada para fortalecer mais a atuação da empresa na comercialização de energia no Brasil, a Enel Trading mira nos consumidores livres de médio e menor porte para manter até o fim do ano os bons resultados já alcançados na primeira metade de 2020. A comercializadora, dedicada exclusivamente ao mercado livre, chega para desenvolver novos produtos e soluções para os clientes. Para ampliar mais o campo de atuação, desde julho, ela conta com representantes de venda em 14 estados (AM, PE, BA, SC, PR, RS, GO, RJ, CE, SP, ES, DF, MG e PA).

A empresa quer aproveitar a oportunidade de mudanças na regulação do mercado livre para captar seus clientes alvo, em especial os que estão descobrindo as vantagens da migração. De acordo com Javier Alonso Perez, diretor de Gestão de Energia e Comercialização da Enel Trading, hoje a Enel está entre os três principais players da comercialização e produz 90% do total de energia que comercializa. “Essa condição traz mais segurança em relação ao fornecimento contínuo e para um preço estável no longo prazo”, explica.

A Enel tem como clientes várias empresas que já compravam energia no mercado livre. Um exemplo é o de uma indústria do Ceará que comprou da Enel e registrou redução de cerca de 29% nos seus custos de energia em apenas um ano. Além de gastar menos, a indústria também comprou energia renovável e certificada.

A ida para o mercado livre faz com que seja possível ao consumidor escolher de quem ele vai comprar a energia, negociar o preço, o volume e a duração do contrato de suprimento, entre outras condições. A intenção da comercializadora é desenvolver produtos customizados, de acordo com a necessidade dos consumidores. Normalmente, a transição para o mercado livre dura de seis a nove meses. Nesse intervalo, as empresas costumam adequar os seus processos internos para as mudanças.

A migração para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) possibilita ao consumidor a redução nos custos de energia, o que o deixa em condições de oferecer produtos e serviços mais competitivos. Ao estabelecer um contrato de médio ou longo prazo, esse consumidor consegue maior previsibilidade. A energia negociada pela Enel Trading virá principalmente da Enel Green Power, subsidiária de energia renovável do grupo, que é um dos maiores players de geração nas fontes eólica e solar. Há ainda a possibilidade de o cliente comprar energia com certificação internacional da origem da energia, os IRECs.

Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadoras de Energia (Abraceel), o mercado livre fechou o primeiro semestre do ano com crescimento de 10,2%, mantendo o fornecimento de 30% da energia consumida no país. Em 2019, o preço pago por um consumidor do mercado livre foi, em média, 34% menor do que a tarifa média das distribuidoras. A economia alcançada varia de acordo com o tamanho do cliente, perfil de consumo, segmento e localização. A Enel Trading auxilia desde a fase do diagnóstico, passando por um estudo energético, até a elaboração de um contrato capaz de atender a demanda. Estar no mercado livre também permite que um cliente consiga flexibilizar o seu contrato, o que foi bastante usado durante o ápice da pandemia, devido à variação negativa no consumo.

Perez aposta na redução de limites que vem sendo aplicada e no desejo do consumidor de escolher o seu fornecedor para aumentar a base de clientes da Enel Trading. Importante frisar que pequenas e médias indústrias em geral, comércios, redes de hotéis, shopping centers e redes de hospitais, por exemplo, com demanda contratada igual ou maior que 500kW, são elegíveis a migrar para o ambiente livre. A maioria das grandes indústrias já compra energia do mercado livre. Por meio da UHE Cachoeira Dourada, a Enel desde 2012 já vende no ambiente de contratação livre.

Atualmente, o cronograma de redução de limites de demanda para a adesão de consumidores livres é o seguinte: a partir de janeiro/2021, com carga igual ou maior que 1.500 kW; a partir de janeiro de 2022, com carga igual ou superior a 1.000 kW; e a partir de janeiro de 2023, com carga igual ou superior a 500 kW. A abertura deve ter início em 1º de janeiro de 2024, após estudos da ANEEL e da CCEE, de acordo com as Portarias MME 514/2018 e 465/2019, quando chega a vez dos consumidores com carga igual ou menor que 500 kW.

Os consumidores especiais, que só podem comprar energia de fontes incentivadas, como PCHs, eólicas, solar ou biomassa, são aqueles com carga entre 500 kW e 2.000 kW e podem migrar comprando dessas fontes. A partir de 1º de janeiro de 2021, a permissão passará para os consumidores com carga entre 500 kW e 1.500 kW. Em janeiro de 2022, a carga para compra ficará entre 500 kW e 1.000 kW e, a partir de janeiro de 2023, não haverá mais distinção.

Outra informação importante para o setor é de que, a partir do ano que vem, o Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), onde a ENEL também é acionista, poderá ser um aliado no incremento do mercado. O BBCE pretende negociar derivativos, e isso irá promover maior integração entre os mercados de energia e financeiro, por oferecer maior liquidez e negócios, além de atrair novos players e trazer mais maturidade ao setor.

A expectativa é de que mudanças como o preço horário em 2021 e a própria possibilidade de abertura do mercado livre de energia façam com que as relações comerciais e com os produtos experimentem uma evolução. A pandemia é outro fator que trará mudanças nas atitudes dos clientes. “Hoje o setor já se prepara para evoluir com a modalidade varejista, novas tecnologias e inovação, derivativos e mais consumidores se interessando por autoprodução”, contou Perez.

(Nota da Redação: Conteúdo patrocinado pela empresa)