A projeção de carga para o período entre 2021 e 2025 indica crescimento médio de 3,6% por ano e aumento de 3,4% no SIN a partir do ano que vem, informam os dados presentes no Planejamento Anual da Operação Energética, divulgado na última segunda-feira, 30 de novembro, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A expectativa é que a carga feche o ano com 66.793 MW médios, incremento de 1.019 MW médios em relação à previsão da 2ª revisão quadrimestral desse ano. Quando comparado com o verificado no ano passado, a carga para 2020 registra uma redução esperada de 1,5%.
Segundo o documento, as principais premissas consideradas para o curto prazo foram indicadores de atividade mais recentes que corroboram os impactos da pandemia mais concentrados no 2º trimestre, com recuperação a partir de junho, além das medidas de combate à crise, que aumentaram a confiança e o bom desempenho das exportações, ajudando a reduzir os efeitos negativos sobre a atividade econômica.
A perspectiva é de recuperação do mercado de trabalho gradual ao longo do próximo ano, considerando uma elevação do PIB de 3,3%, influenciado pelo carregamento estatístico de 2020.
Já as maiores incertezas consideradas pela análise foram o impacto do fim do auxílio emergencial, a disponibilidade de vacina para toda a população e o risco de uma segunda onda.
A partir de 2022, o planejamento leva em consideração um ambiente econômico mais estável e que permita uma elevação da confiança dos agentes, além da recuperação do mercado de trabalho e expansão da demanda doméstica.
Constam também a aceleração do crescimento mundial com maior impulso aos setores exportadores, sobretudo de commodities, e uma retomada mais significativa dos investimentos, com destaque para o setor de infraestrutura.