A B3 anunciou na última terça-feira, 1º de dezembro, a 16ª carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial, que vai vigorar de 4 de janeiro a 30 de dezembro de 2021. A nova carteira do ISE B3 reúne 46 ações de 39 companhias pertencentes a 15 setores. Juntas, as companhias somam R$ 1,8 trilhão em valor de mercado, 38% do total do valor de mercado das companhias com ações negociadas na B3, com base no fechamento de 25 de novembro. Na área de energia, 12 empresas fazem parte da lista: AES Brasil, Engie, Petrobras, Copel, Cosan, CPFL, EDP, Light, Weg, Cemig, Eletrobras e Neoenergia. Na comparação com o ano passado, há mais quatro empresas: Petrobras, Cosan, CPFL e Neoenergia.
O ISE é uma ferramenta para análise comparativa da performance das empresas listadas na B3, sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. São convidadas para o processo as empresas detentoras das 200 ações mais líquidas na B3, neste ano representadas por 176 companhias. Destas, 78 se inscreveram no processo, sendo 45 na categoria Elegível. As outras 33 empresas responderam o questionário na categoria Simulado. No ano passado, foram 46 inscritas, sendo 36 como elegíveis e 10 empresas que responderam o questionário para simularem o processo.
De acordo com o diretor de Gestão e Sustentabilidade da Eletrobras, Luiz Augusto Figueira, a certificação reforça o compromisso da empresa com seus stakeholders de mensurar e reportar os chamados temas que abordam as questões econômicas, ambientais, sociais e de governança nas operações da companhia.
Em comunicado, a Neoenergia reiterou que o ingresso no índice reitera a determinação e compromisso em prosseguir com o crescimento sustentável através de conduta ética dos negócios, governança corporativa e responsabilidade social, cultural e ambiental. Para a Light, Integrar o ISE reflete a essência da estratégia da Companhia, que incorpora fatores ESG e reforça o foco na transparência, prestação de contas, equidade e no diálogo constante com nossos stakeholders.
Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, classifica que o retorno ao ISE é um reconhecimento dos esforços e iniciativas da estatal no aspecto ambiental, social e de governança. Segundo o executivo, o Plano Estratégico 2021-2025 apresenta o modelo de dupla resiliência, econômica e ambiental, com foco em baixo carbono. A Petrobras assumiu o compromisso de acelerar a descarbonização seus processos e produtos através de novas tecnologias.
Na Engie, que integra o índice desde que ele foi criado, o Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da Companhia, Eduardo Sattamini promete que a empresa vai continuar trabalhando para ser vanguarda no uso de tecnologias inovadoras que permitam minimizar impactos ambientais nos seus empreendimentos. Para a Cosan, que controla a Raízen, a entrada no ISE B3 é resultado do seu compromisso com a criação de valor de longo prazo para todos os stakeholders, através de um processo de alocação sustentável de capital, guiado por princípios sólidos e pautados pelas melhores práticas ambientais, sociais e de governança.