O Brasil encontra-se alinhado a um pequeno grupo de países que determinam a mais rigorosa norma de eficiência energética aplicada em motores elétricos de indução trifásica – modalidade mais utilizada pela grande maioria das empresas em operação em praticamente todos os setores econômicos do país. O potencial de evolução na otimização do consumo de energia no sistema elétrico nacional é muito promissor.
As indústrias consomem cerca de 40% da energia elétrica utilizada no país – e a eletricidade consumida em sistemas motrizes corresponde a 70% de toda a demanda industrial. Estima-se que no Brasil existam mais de 20 milhões de motores elétricos trifásicos, que consomem aproximadamente 144 GWh por ano, o correspondente a aproximadamente 24,5% de toda produção nacional de eletricidade.
Há pouco mais de um ano, no fim de agosto, entrou em vigor a regra que estabelece a categoria IR3 Premium como a mínima permitida para fabricação e importação desses equipamentos. A nova lei de eficiência energética para motores elétricos estabelece o nível mínimo de rendimento para todos os motores e ainda expandiu o efeito dessa lei para as potências entre 0,16 cv e 500 cv, de dois a oito polos.
“A entrada destes motores, com rendimentos IR3 Premium no mercado, além de gerarem o impacto na redução do consumo de energia são um ótimo negócio, quando se observa o investimento e a economia proporcionado ao usuário final, que pode ser verificado pelas taxas de retorno de investimento ou VPL”, destacou Fernando Garcia, Diretor de Vendas da WEG.
Viabilizada no momento que o Brasil estuda a expansão da oferta de energia para os próximos anos, em meio à necessidade crescente de redução de custos com eletricidade e com a pauta ambiental cada vez mais crescente nas empresas e em toda a sociedade, essa medida foi estabelecida por uma portaria interministerial de 2017, que prevê ainda o fim da comercialização de motores elétricos com padrões inferiores ao IR3 Premium – inclusive recondicionados – a partir de julho de 2020.
Portanto, novas aquisições de motores elétricos, como os comercializados pela WEG, só são permitidas dentro da categoria IR3 Premium. No entanto, a portaria não trata das unidades instaladas e em uso no país. Dados da Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (Abraman) apontam para uma idade média de motores elétricos da ordem de 20 anos, não sendo raro encontrar equipamentos com 30 anos ou mais ainda em operação.
A idade alta dos motores instalados de um lado, e a elevação do nível de rendimento dos motores novos, cria uma oportunidade de otimizar o consumo de energia muito grande, portanto, especialmente em tempos mais desafiadores planejar ações de uso mais eficiente da energia ganha mais relevância.
Uma troca maciça de motores elevaria significativamente o rendimento médio do maquinário nacional – considerando ainda a premissa de que motores mais antigos têm maior tendência de terem sido reparados, e neste caso, a avaria pode ser fator decisivo para o rendimento do motor.
Para colaborar na busca de um uso mais racional da energia elétrica nas indústrias, a ANEEL, CPFL Energia e a WEG consideram importante a visão estratégica para o planejamento da eficiência energética – um investimento cujo retorno é medido nas faturas mensais de energia. Investir em equipamentos mais eficientes, como os da linha W22 IR3 Premium da WEG, pode ser uma solução viável para obter reduções expressivas de consumo. A troca de motores foi incentivada pela Agência Nacional de Energia Elétrica a partir de 2015, quando foi lançada uma chamada de projeto prioritário.
Iniciativas para troca de motores elétricos
Eficiência energética é a relação entre a energia efetivamente necessária para realizar uma atividade (movimentar uma carga por exemplo), e a energia efetivamente consumida para realizar essa atividade. Ao se elevar a eficiência, torna o uso da energia mais racional. Ao se promover a eficiência energética, portanto, o objetivo é evitar o desperdício da energia e consequentemente mitigar impactos ambientais.
Dados da Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) apontam para uma taxa da ordem de 10% de energia desperdiçada anualmente no país, montante equivalente ao consumo dos estados do Rio de Janeiro e Ceará por este período. Dito de outra forma, poderíamos consumir 10% menos energia sem perder em nada a produtividade.
Uma das principais iniciativas em curso no Brasil é o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), criado em 1985 e executado pela Eletrobras, com o objetivo de incentivar o uso racional da energia no país. O Procel reúne programas e ações para melhorar a eficiência no uso de bens e serviços, bem como ajudar na formação de conhecimento e mudanças de hábitos sobre o consumo racional da energia.
O principal programa de incentivo à eficiência energética no Brasil é o Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O programa estabelece que distribuidoras devem destinar 0,5% da receita líquida em ações de combate ao desperdício de energia. Desde 2015, a Aneel criou uma ação específica de incentivo à troca de motores elétricos.
E nessa diretriz, a CPFL Energia possui uma parceria com a WEG para viabilizar a troca de motores, ao oferecer aos clientes das distribuidoras do grupo condições especiais de aquisição desse tipo de equipamentos.
O Bônus Motor é um programa em que as distribuidoras da CPFL Energia concedem descontos de até 40% na compra de novos motores, com garantia de dois anos – o percentual inclui desconto adicional de 5% pela WEG, que ainda recolhe o motor antigo da empresa.
O impacto na adesão do Bônus Motor na eficiência da empresa é elevado, considerando os aspectos ambientais e econômicos da medida, salienta Garcia. Ele destaca que a WEG possui um software, o See+, que permite simular a aplicação de motores de maior eficiência, verificando como seria a troca de um ou mais motores da planta industrial.
Os resultados mostram o potencial estimado de economia de energia, o investimento necessário para a substituição das unidades pretendidas e os indicadores financeiros resultantes da troca. O See+ simula ainda como seria a capitalização de recursos por meio de financiamentos.
“Além de reduzir as despesas com eletricidade, as indústrias passam a ter equipamentos com melhor rendimento, otimizando a operação do sistema, reduzem o desperdício de energia, que deixa de ser gerada sem necessidade, e reforçam a sustentabilidade, com a retirada dos equipamentos antigos de circulação – eles serão desmontados e suas partes destinadas para reciclagem”, observa Garcia.
Dados do Procel indicam que 96% dos custos de um motor elétrico após 10 anos de uso correspondem à energia. As soluções WEG podem ser adotadas em sistemas de bombeamento, resfriamento, armazenagem de grãos e unidades hidráulicas.
(Nota da Redação: Conteúdo patrocinado produzido pela empresa)