A secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, disse que o sucesso da privatização da CEB Distribuição é o início de uma agenda exitosa de desestatização de ativos no setor elétrico.

“Estamos bastante confiante com o processo da Eletrobras”, disse a represente do governo federal, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 4 de dezembro, em São Paulo.

A CEB Distribuição foi vendida para a Neoenergia pelo valor de R$ 2,51 bilhões, ágio de 76,63% em relação ao valor mínimo de R$ 1,4 bilhão. A CPFL Energia, segunda colocada, apresentou lance de R$ 2,50 bilhões (76,14%), enquanto a terceira concorrente, Equatorial Energia, parou em R$ 1,48 bilhão (4,29%).

A disputa foi para o viva-voz, quando as empresas Neoenergia e CPFL disputaram palmo a palmo o ativo, que atende mais de 1 milhão de unidades consumidoras no DF, com cerca de três milhões de pessoas em uma área de 5,8 mil km².

O CEO do Grupo Neoenergia, Mario Ruiz -Tagle, disse que o racional do investimento é a vontade da companhia de investir em ativos de qualidade. A corporação pretende captar recursos no mercado financeiro para pagar a nova aquisição.

“Nosso trabalho é investir para melhor a qualidade. E o mais importante, proporcionar energia suficiente a um custo razoável para crescimento do Brasil, incorporar muita gestão na CEB”, disse o executivo.

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse que a expectativa é de que as privatizados de CEA (Amapá) e CEEE (Rio Grande do Sul) ocorram no primeiro semestre de 2021.