A eletrificação da mobilidade e a sua intensificação no deverá ser motivo de debate no Brasil. Em evento na Rio Oil and Gas na última quinta-feira, 4 de dezembro, o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, questionou se seriam adequados eventuais incentivos para veículos elétricos quando o Brasil possui o etanol. De acordo com ele, a mobilidade elétrica se intensificou no mundo devido ao apelo ambiental de redução de emissões. Mas no Brasil já há uma solução para isso na área que é o etanol. “Será que a prioridade de um país como o nosso, que precisa de tanto investimento em outras áreas é patrocinar a eletrificação? “, pergunta.
Ainda de acordo com Mussa, não seria inteligente acelerar a eletrificação dos veículos no Brasil, pelo fato da cadeia do etanol ter impacto ambiental menor que a do carro elétrico. “Quando se põe o etanol na mesma régua, vemos que ele é menos poluente que o carro elétrico. Já temos algo que é real”, avisa. Para o executivo, muitos países optaram pelo veículos elétricos por não terem a opção que o Brasil tem. “O país tem uma vantagem competitiva enorme na parte ambiental que não se vende bem”, observa.
A Raízen é a única empresa no mundo a produzir em escala comercial o etanol de segunda geração. Em outubro, foi inaugurada a UTE Bonfim (SP- 21 MW), a primeira planta de biogás a ser viabilizada em um leilão de energia do ACR.