A Engie Brasil Energia espera que o leilão de transmissão que ocorrerá na próxima quinta-feira, 17 de dezembro, deverá apresentar uma competitividade elevada. Para a empresa, os dois primeiros lotes deverão atrair as grandes empresas por serem de maior porte e os demais, por serem menores, as demais empresas com menor capacidade de investimentos.

Segundo o diretor de Novos Negócios, Estratégia e Inovação da EBE, Guilherme Ferrari, um ponto de destaque para esse certame deverá ser um potencial menor deságio por conta das condições macroeconômicas atuais. Ele explicou em evento anual da empresa que o capex estimado pela Agência Nacional de Energia Elétrica deverá estar mais próximo do estimado pelas companhias uma vez que os valores foram estimados ainda em meados de 2019.

“Naquele período ainda não tínhamos os impactos da desvalorização cambial do real ante o dólar, que estava em um patamar mais comportado e o valor das commodities, principalmente o alumínio, também estava menos volátil”, avaliou o executivo. “Pela primeira vez é esperado que o capex da Aneel esteja próximo das empresas e em muitas situações poderá estar menor do que as empresas têm por conta do dólar e das commodities“, afirmou ele.

Outro destaque dado pela empresa é a obrigatoriedade de que os investidores devam permanecer no lote arrematado até que este entre em operação comercial. Em sua avaliação isso inviabiliza o que chamou de mercado especulativo, ou seja, de empresas que arrematam o lote e vendem o ativo antes de terminado.