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A hibridização em larga escala a partir de empreendimentos hidrelétricos existentes ou de novos projetos de geração pode ser a resposta para os desafios de crises hídricas cada vez mais frequentes, na avaliação do sócio-fundador da Sunlution, Luiz Piauhylino Filho. No ultimo dia 4 de dezembro a Agência Nacional de Energia Elétrica encerrou a fase de contribuições à primeira etapa da consulta pública que discute regras para instalação de usinas híbridas, uma das apostas de investidores em renováveis como eólica e solar.

Para o executivo, a regulação do tema é exatamente o que o mercado espera para investir em novos projetos. “A gente precisa é que a Aneel e Ministério de Minas e Energia regulamentem a hibridização das hidrelétricas. Permitir que os atuais proprietários dessas usinas gerem no mesmo site energia de outras fontes. Se não regulamentar, ninguém vai fazer investimento”, afirma Piauhylino, que tem entre seus projetos a usina fotovoltaica flutuante da usina hidrelétrica de Sobradinho. A primeira etapa do empreendimento já foi inaugurada.

Piahuylino cita estudo da universidade estadual de Michigan (EUA) mostrando que é possível adicionar em torno de 19 GW de potência em usinas flutuantes nos reservatórios das hidrelétricas brasileiras. Considerando a capacidade instalada de 109 GW dessas usinas, a medida possibilitaria um aumento da ordem de 17% no fator de capacidade dessas usinas, com investimentos da ordem de R$ 76 bilhões e criação de 475 mil empregos nos próximos dez anos. “Isso se eu pegar um única fonte alternativa”, ressalvou o executivo.

Algumas dessas UHEs, segundo ele, estão com fator de capacidade de 40%, e recursos que poderiam ser investidos pelos geradores em produção de energia nova são gastos em contratação de energia de outras fontes como seguro de risco hidrológico. Para o CEO da Sunlution, é preciso pensar em uma hibridização mais ampla, e não em pequena escala, como está sendo proposto, aproveitando inclusive fontes de produção de energia térmica renovváel, como a de biomassa.

A questão, afirma o executivo, é que o planejamento continua insistindo em um modelo de 20 anos atrás, que inclui a construção de novas hidrelétricas em um cenário hidrológico que não será mais o mesmo, e na instalação de termelétricas a gás, quando o mundo pensa em abandonar os fósseis.  Ele observa que o aproveitamento do parque hidráulico existente na combinação com outras fontes renováveis vai tornar o despacho mais eficiente e mais rápido. Para isso, será necessário investir na digitalização das hidrelétricas, um investimento que, em sua opinião, é a melhor solução para o sistema.