A Agência Nacional de Energia Elétrica reconheceu excludente de responsabilidade de 75 dias no atraso no cronograma de implantação da UTE GNA I (RJ) em decorrência dos impactos causados pela pandemia de covid-19. A decisão foi tomada na reunião de diretoria da semana passada. Com a decisão esse período adicional deverá ser acrescentado como período da rampa de remobilização para as obras da usina. No voto do diretor relator do tema, Sandoval Feitosa, na hipótese da UTE GNA I ser liberada para operação comercial em data anterior à prevista no cronograma.

Com isso ficou autorizado o deslocamento pelo período reconhecido o início dos respectivos CCEAR, limitado a 30 de maio de 2021. E a alteração do prazo final dos CCEARs pelo mesmo período que foi postergado, bem como o prazo de início de pagamento do CUST para a nova data de operação em teste e operação comercial da UTE GNA I.

Os marcos para a implantação da usina ficaram: Conclusão da montagem eletromecânica das Unidades Geradoras em 30 de dezembro de 2020; Início da Operação em Teste do Bloco Gerador 2 em 1º de dezembro de 2020; Início da Operação em Teste do Bloco Gerador 1 para 1º de fevereiro de 2021; e o início da Operação Comercial dos Blocos Geradores 1 e 2, na capacidade total, que deveria se dar originalmente em 1º de janeiro, passou a até o final de maio.

Segundo a Aneel, a GNA I esclareceu que o plano para a remobilização dos cerca de 3.600 colaboradores ocorreu em regime especial e reduzido. Em um primeiro momento, foram convocados somente os colaboradores que residiam nos municípios de São João da Barra/RJ e de Campos dos Goytacazes/RJ e, em seguida, houve o retorno gradual de parcelas reduzidas do efetivo a cada semana. Ademais, o respectivo plano contemplava previsão de que cada parcela convocada para retorno ao trabalho passasse por rotina de procedimentos específicos, os quais incluíam sete dias de quarentena em local com controle de acesso antes da efetiva reintegração destes profissionais à obra em si.

Assim, houve a previsão de uma rampa de três meses de remobilização da mão-de-obra até atingir 100% do efetivo total, dada a limitação quantitativa de colaboradores passível de retorno a cada semana, limite esse, de 200 a 300 colaboradores por semana.

E destaca ainda que no relatório de estágio das obras em 17 de março último, apresentado pela GNA I em Anexo à Carta s/nº, de 7 de abril de 2020, é citado que no momento da suspensão das atividades, as obras possuíam avanço físico integrado de 94,5%, com as obras civis registrando progresso de 99,9% e a montagem eletromecânica de 92%. As atividades de comissionamento tinham progresso de 15,7%, associado, principalmente, aos sistemas auxiliares como sistema de incêndio, sistema de tratamento de água desmineralizada e subestação de uso restrito.