A primeira revisão semanal do PMO de janeiro de 2021 apresenta uma retração na previsão de vazões em todo o país ante a previsão inicial, divulgada semana passada. Em termos de vazões, o destaque negativo fica com o Sudeste/Centro Oeste, cuja energia natural afluente recuou para 79% da média de longo termo, a estimativa era de 87% sete dias atrás. No sul a queda foi mais significativa de 90% para 61%, no Nordeste a redução é de 6 pontos porcentuais, para 48% e no Norte de 12 p.p. com a ENA de 56% da média histórica.
A carga em relação ao que o ONS esperava para o fechamento do mês também recuou. De uma expansão de 3,3% passou agora para alta de 2,5% na comparação com janeiro de 2020. O grande responsável está no Sudeste que desacelerou em 1,1 p.p. para 2,8%. No Norte continua a previsão de 6,4% de crescimento, no NE é de 2,7% e no Sul está a única queda, com 0,2%.
O nível de armazenamento nos reservatórios mantém a previsão de aumento, à exceção do Sul que deverá encerrar Janeiro com apenas 10% queda de 0,4 ponto porcentual ante o que se projetava semana passada. No SE/CO desacelerou a recuperação, passando de 28,4% para 27% da capacidade total. O Norte deverá encerrar o primeiros mês do ano com 24,1% e o NE está com o melhor cenário chegando a 50,8%.
Com esses dados o CMO médio aumentou, passou da casa de pouco mais de R$ 220 para R$ 281,49/MWh em todo o país. O CMO esperado da previsão de afluências é de R$ 286,24/MWh no patamar pesado, R$ 284,02 no médio e R$ 277,75, no leve. Vale lembrar que a partir de 1o. de janeiro começa a vigorar o PLD horário no âmbito comercial da CCEE, o que levará a uma nova precificação da energia que acontecerá diariamente e passará a ser divulgado pela câmara a partir de 31 de dezembro.
A estimativa de despacho térmico é de que esses volumes fiquem em 11.232 MW médios, sendo 5.569 MW médios por ordem de mérito, outros 5.467 MW médios por inflexibilidade e outros 196 MW médios por restrição elétrica.