O governo do Paraná manifestou-se favorável à implementação do programa de Units que a Copel pretende adotar. O acionista controlador da elétrica enviou comunicado à direção da companhia, que por sua vez ressaltou que a proposta de reforma estatutária para permitir o programa será submetida à apreciação da assembleia geral da companhia e a administração irá avaliar a possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários.
A elétrica paranaense afirmou que terminou os estudos para o programa, cada UNIT que será composta por cinco ações, sendo uma ordinária e quatro preferenciais classe B. Entre as características está a permissão, exclusivamente para fins de formação desse agrupamento, a conversão de ações ordinárias em ações preferenciais classe B e de ações preferenciais classe B em ações ordinárias, observado que as ações preferenciais não poderão exceder o limite legal de 2/3 do total de ações emitidas pela Copel.
A elétrica ainda pretende realizar o desdobramento das ações logo após a conversão e imediatamente antes da emissão dos UNITs, em proporção a ser definida, visando maximizar a liquidez dos seus respectivos valores mobiliários. E pretende adotar melhorias de governança corporativa, por meio da migração do Nível 1 para o Nível 2 Governança Corporativa da B3.
Contudo, ressaltou o Estado, para esse último item, aponta que condiciona seu voto favorável a alguns requisitos que listou na comunicação. São eles, a realização e liquidação de oferta pública de distribuição secundária de ações que o Estado tem na Copel, oferta essa que poderá, inclusive, ser de UNITs, caso o programa já tenha sido implementado, em conjunto com a oferta a ser realizada pelo BNDES Participações. E ainda, imediatamente depois da liquidação da oferta mencionada, que o Estado permaneça com o controle acionário da elétrica, conforme dispõe a Lei Estadual nº 18.875 de 27 de setembro de 2016.