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Um ano em três atos. Foi assim como o BBCE definiu 2020. Após um início promissor veio a crise que derrubou os volumes e depois, a partir de setembro, a recuperação. A empresa encerrou 2020 com registrando o maior volume de negócios em sua história. Foram 183 mil GWh ante o recorde anterior, reportado em 2018 de 168 mil GWh, crescimento de 8,9% nessa base de comparação. A expectativa nesse início de 2021 é de continuar com o pé no acelerador em termos de investimentos e operacionalizar os contratos de derivativos de energia.

De acordo com o CEO do BBCE, Carlos Ratto, a expectativa é de expansão no ano, até porque não houve comando no sentido contrário pelo conselho de administração da empresa. Os valores não são revelados, mas ele conta que serão direcionados ao investimento em tecnologia para suportar o aumento no número de transações.

“O que a gente projeta é crescimento de fato, até porque somos uma empresa em fase de crescimento, projetamos aumento em termos de receita, despesa e investimentos, continuamos a acelerar”, comentou o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia. “Este ano temos muita coisa a entregar ao mercado, para isso precisamos de ferramentas agora, mais intensamente, e vemos que há espaço e oportunidade para oferecer maior valor agregado ao mercado”, acrescentou.

Após a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários para que o BBCE operasse como um balcão organizado de contratos de derivativos, 2021 será o ano em que a plataforma colocará esse instrumento ao mercado. Em sua análise, Ratto explica que esse é um mercado a ser desenvolvido junto aos agentes para que possa ser sustentável. E diz que as perspectivas são boas para o ano, inclusive, revelou que a empresa já começou a receber as documentações necessárias para análise.

Apesar do otimismo Ratto evita dar projeções de números que esses contratos podem alcançar ou da expectativa do BBCE para o ano de 2021. Até porque, lembra que esses volumes dependem de preço, volatilidade e das oportunidades que são abertas pelo mercado. Mas, ressalta ainda que além do volume recorde, houve também aumento da liquidez de mercado. “Em 2018 eram 400 ofertas por dia em tela, hoje temos cerca de 1.200 diariamente, ou seja, três vezes mais, uma resposta ao aumento do uso da tecnologia que implementamos”, exemplifica ele.

Para este ano, o BBCE tem caixa para o investimento que ele aponta ser necessário por conta do aporte feito pelos acionistas na plataforma.

PLD Horário

Ratto disse que ainda não foi possível notar alguma alteração na dinâmica da contratação do mercado ou de demanda por conta da introdução do PLD Horário no âmbito da CCEE. Contudo, diz que estão de olho no movimento do mercado caso haja mudança no comportamento dos agentes. Por enquanto, a plataforma continua com seus produtos tradicionais acerca dos prazos. Mas, comenta que há uma possibilidade de abrir para contratos diários se for necessário.

“Por enquanto estamos acompanhando com interesse, não temos mudança na dinâmica de negócios, mas estamos preparados se ocorrer”, garantiu.

O contrato de derivativo pode ser uma outra ferramenta que o mercado poderá utilizar para mitigação do risco. Por ter uma liquidação semanal, pode ser atrativo e com a vantagem de não precisar envolver o mundo físico, apenas a diferença de preços entre o PLD daquela semana e o preço do contrato.

Volumes

No ano, o recorde de volume transacionado de 183.458 GWh representou um giro de R$ 32,35 bilhões, foram 53.707 contratos. Somente no mês de dezembro o volume foi de 13.606 GWh, 3.460 contratos fechados em tela e pouco mais de R$ 3 bilhões em volume financeiro total. Além disso, foram 4.116 GWh negociados em tela, 85% a mais do que o mesmo mês de 2019 e queda de 11,3% ante novembro de 2020.

Esse volume, explicou Ratto, está próximo ao que o BBCE projetava ainda no início de 2020 para a média mensal, antes da pandemia, que derrubou os volumes no segundo quadrimestre do ano. “Esperávamos 4.500 MW médios ao mês. Em janeiro e fevereiro tivemos volumes acima disto, mas que foram diluídos ao longo da crise da covid-19. A partir de setembro vimos uma forte recuperação dos volumes até alcançarmos o recordo histórico da plataforma”, relatou ele.

Mesmo com a migração para o home office, continuou o executivo, a empresa não perdeu produtividade, Manteve a dinâmica de trabalho e as entregas.