A Nordex obteve o o credenciamento do aerogerador N163/5.X junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Agora o modelo poderá ser enquadrado no Finame, bem como outras linhas de financiamento similares que utilizam o sistema de credenciamento do BNDES como parâmetro para definição de conteúdo local. O equipamento faz parte da plataforma de 5 MW de capacidade de geração da fabricante.
Para obter o credenciamento a empresa desenvolveu, em parceria com seus fornecedores locais, dezenas de componentes que serão fabricados com certos níveis de material nacional e mão de obra brasileira, os quais também já se encontram credenciados pelo BNDES. Com os componentes locais credenciados, o serão produzidas as nacelles e hubs em sua fábrica no estado da Bahia, contando também com pás que serão fabricadas por um fornecedor brasileiro habitual e torres de concreto que serão produzidas em unidades próprias do grupo posicionadas no entorno dos parques eólicos.
Adicionalmente ao credenciamento, a Nordex fechou contrato com a operação local da norueguesa Statkraft para 518 MW deste modelo, noticiada aqui em setembro do ano passado. Esse pedido foi feito no final de 2020 e contempla o fornecimento de 91 aerogeradores, o maior volume global dessa plataforma desde que foi lançada, em 2019 e o primeiro fora da Europa.
As máquinas serão destinadas ao projeto Ventos de Santa Eugênia (BA), a previsão é de início do comissionamento das primeiras unidades no início de 2023. A potência de cada uma será de 5,7 MW com um modelo de otimização estando em torres de 120 metros de altura. O contrato também contempla serviços por três anos e ainda suporte técnico por 20 anos.
De acordo com a Nordex este é o quarto modelo a ser credenciado pelo BNDES para o Finame. Antes, foram os aerogeradores AW116, AW125 e AW132. No Brasil desde 2012, o grupo acumula mais de 700 unidades instalados localmente, juntos, somam de 2,2 GW de capacidade e ainda há mais 1,1 GW já contratados ou em produção e construção.