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Os uso de drones no setor elétrico, está prestes a ganhar um novo olhar. A Enel está testando uma tecnologia considerada pioneira que envolve o uso de Inteligência Artificial em Edge Computing. Os veículos não tripulados vão analisar em tempo real imagens captadas, identificando falhas, dando retorno ao operador e priorizando o trabalho para as equipes. O projeto, desenvolvido em parceria com a Horus e com investimentos de R$ 2 milhões, é financiado com recursos do Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica.

Essa nova tecnologia reduz o tempo de inspeção em 70% e está sendo testada nas redes das distribuidoras da Enel e nas usinas solares e eólicas da Enel Green Power. De acordo com Paulo César Côrrea Soares Junior, responsável área de manutenção da rede elétrica de alta tensão da Enel São Paulo, a tecnologia muda a filosofia da atividade em campo, a partir da simples captação das imagens, em que é possível identificar o equipamento e em cima disso traduzir para identificar ou não uma anomalia. “Ganha agilidade na identificação e a potencialidade de diminuir parte do trabalho nos escritórios, já que recebemos relatórios prontos”, explica.

Além da agilidade na manutenção e quedas nos seus custos, o uso da tecnologia contribui para reduzir a exposição ao risco, as interrupções no fornecimento e aumentar disponibilidade das usinas. Antes, as inspeções eram feitas com helicópteros e pessoalmente. Para as usinas solares, os drones contarão com uma câmera de inspeção termográfica, que identificarão placas com temperaturas fora do padrão. Há uma disrupção no modo que as inspeções são feitas, mudando a sua filosofia.

O drone ainda está em fase de testes de comprovação e avaliação dos ganhos e benefícios do projeto. A expectativa é que até outubro a fase de tomada de imagens e de incorporação da inspeção esteja concluída de modo que a Enel possa incorporar a solução na operação e a Horus possa mostrar os resultados e oferecê-la para outras empresas. O equipamento vai   inspecionando mil quilômetros de rede até o final do projeto. Essa tecnologia de edge computing também está sendo usada pela primeira vez pela Enel globalmente na área de Infraestrutura & Rede.

Bruno Cecchetti, diretor de Tecnologia da Rede da Enel Brasil, ressalta o aspecto da inovação do projeto e a aposta do grupo italiano nas start ups. A Horus veio por meio de uma chamada para aceleradoras em 2017, a Energy Start. Segundo ele, a Enel no mundo inteiro busca atuar com start ups e no Brasil ela tem um hub de inovação, assim como em outras localidades, como o Vale do Silício, Espanha, Itália e Chile. Segundo ele, o P&D da Aneel permite o país ter destaque na inovação dentro do Grupo Enel. “Esse programa faz o Brasil ter relevância em um pipeline de desenvolvimento de inovação no Grupo, que atua em mais de 30 países, tem mais de 70 milhões de clientes. Aqui temos um diferencial para atrair grandes projetos”, aponta.

O setor elétrico começa a ganhar espaço no uso dos drones. Segundo Lucas Bastos, diretor Operacional da Horus, o setor tem se mostrado aquecido, com empresas em graus de maturidade diferentes. O uso para visualização ou planejamento de podas é bem demandado, porém ele salienta que o modo como a Enel está desenvolvendo o projeto, usando inteligência artificial na inspeção, é inédito. “Nunca vi parecido. Todo esse projeto que etmos aqui é pioneiro no que ele se propõe a entregar”, avisa.