Em teleconferência com analistas realizada na última quinta-feira, 21 de janeiro, o presidente da Copel (PR), Daniel Slaviero, revelou que a nova forma de distribuir os dividendos e a proposta de uma reforma o estatuto social fazem parte de uma estratégia maior, que inclui uma agenda permanente de aprimoramentos de governança corporativa e foco nos negócios em energia. “Isso é um passo necessário para criação de valor ao acionista da Copel”, explicou.

Sobre a migração para o nível 2 de governança da B3, o executivo definiu como legítima a condição imposta pelo governo do Paraná de fazer uma oferta pública de uma parte das ações em seu poder. Uma lei do estado só aprova a venda em caso dela ocorrer em valores acima o valor patrimonial. Para ele, com base na lei, o valor de cada ação estaria em torno de R$ 73. Segundo Slaviero, caso a oferta não seja concluída, ela segue no nível 1 e não perde nada.

Slaviero considerou ainda a decisão que faz com que o dispositivo que obriga a aplicação integral de reajustes tarifários só possa ser alterado com a aprovação da maioria dos acionistas preferenciais . “É um marco que vai se perpetuar no futuro da empresa”, comentou.

Para o CFO da Copel, Adriano Rudek de Moura, a nova política de dividendos é mais uma iniciativa para reverter a baixa alavancagem da estatal, remunerando melhor o acionista com base e regras mais claras e previsíveis. Os valores estarão sempre limitados pelo Fluxo de Caixa Disponível, com exceção do dividendo obrigatório. A Copel vai buscar não ultrapassar o limite de alavancagem em 2,7 vezes.