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Com 1,1 GW em construção ou contratados no Brasil, a fabricante de aerogeradores Nordex vê no segundo semestre o período ideal para deslanchar o modelo N163/5.X, de 5 MW, credenciado pelo BNDES para o Finame este mês. O modelo já está encomendado para um parque da Statkraft. Até lá, o primeiro semestre desse ano será de entrega de máquinas da plataforma Acciona para os parques eólicos de Lagoa dos Ventos, da Enel Green Power; Vila Mato Grosso, da Voltalia, e Ventos de São Fernando, da Enerfin, além do parque da japonesa TODA, no Rio Grande do Norte.

Em entrevista à Agência CanalEnergia, Felipe Ramalho, diretor do Grupo Nordex no Brasil, disse que a expectativa é de que o equipamento credenciado possibilite mais encomendas. “Estamos em vias de fechar um novo contrato, já temos clientes interessados na máquina’, afirma.

A encomenda da Statkraft de 518 MW reforça a parceria que já existia no exterior entre as empresas. O contrato envolve o fornecimento de 91 aerogeradores, o maior volume global dessa plataforma desde que foi lançada, em 2019 e o primeiro fora da Europa. O contrato com a Statkraft assegura a produção para o segundo semestre de 2021 e o primeiro de 2022, o que dá segurança para os novos acertos. No Brasil, a Nordex /Acciona tem mais de 700 aerogeradores instalados, somando cerca de 2,2 GW.

O novo aerogerador é a maior máquina da Nordex no mundo e tem como diferencial a possibilidade de trabalhar em mais de um modo de operação, se adaptando as condições de vento existentes no site. “É uma pá de cerca de 80 metros, com uma área de arrasto enorme, que possibilita geração em grande escala”, observa. Considerada de última geração, ela vem na tendência de máquinas cada vez maiores. As torres são de concreto, com 120 metros.

Com a decisão de implementar as fábricas de torres próxima aos sites, há um ganho na logística e uma geração de valor econômico social para a região em que os aerogeradores vão ser instalados . “Os clientes valoram isso, de criar empregos para as comunidades locais”, salienta.

Ramalho conta que apesar da falta de sinalizações mais claras sobre leilões do ambiente regulado, as perspectivas para o setor eólico são boas devido ao mercado livre, que tem crescido muito. “Nossos clientes têm conseguido PPAs de longo prazo, mesmo com a crise, o Brasil tem a necessidade de geração”, observa. Ele não vê arrefecimento dessa necessidade nos próximos dois a três anos. O diretor da Nordex acredita em uma qualificação da demanda, encontrando na fonte eólica o ambiente ideal. Para ele, o iminente fim da pandemia deve trazer um aumento na demanda por novos projetos de energia.