O Ministério de Minas e Energia divulgou nota oficial agradecendo o trabalho desenvolvido por Wilson Ferreira Junior como presidente da Eletrobras. O executivo, que estava à frente da estatal desde 2016, renunciou ao cargo alegando motivos pessoais.

O MME informou que Ferreira Junior permanecerá como membro do Conselho de Administração da estatal, onde continuará contribuindo para melhoria da gestão da empresa. O pedido de demissão do executivo é associado pelo mercado às dificuldades de aprovação no Congresso Nacional do projeto de lei de privatização da Eletrobras. A proposta foi encaminhada à Câmara dos Deputados em novembro de 2019, onde está parada desde então.

“O Governo Federal entende que a capitalização da Eletrobras é essencial e necessária para a recuperação de sua capacidade de investimento”, reforçou o ministério. O governo espera aprovar o PL que autoriza que autoriza a operação ainda no primeiro semestre desse ano, para que ela ocorra no segundo semestre. O objeto da chamada de capital é pulverizar as ações da empresa, com a perda de controle pela União.

No comunicado, o ministério reforçou o argumento de que o processo vai tornar a estatal “uma corporação brasileira de classe mundial” nas áreas de geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, e transformá-la “em uma das maiores empresas de geração renovável do mundo.”

Se na Câmara nem mesmo a comissão especial que deveria discutir a proposta foi instalada, no Senado, alguns parlamentares, entre eles o atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem feito declarações indicando que o projeto terá dificuldades para ser aprovado. A fala mais recente nesse sentido foi a do senador Rodrigo Pacheco ( MG), que é um dos candidatos à sucessão de Alcolumbre.