Apesar dos efeitos decorrentes da pandemia, o consumo consolidado de energia elétrica nos mercados cativo e livre nas distribuidoras do Grupo Energisa chegou a 335,8 GWh em 2020, alta de 0,9% na comparação com o ano anterior, informou a companhia em comunicado ao mercado nessa terça-feira, 26 de janeiro.
O resultado é atribuído ao clima quente e seco no último trimestre e ao bom desempenho da indústria e setor de construção, aliado à demanda aquecida por alimentos e pelo processo de recomposição de estoques em diversos segmentos. O maior aumento entre as concessões ficou em Rondônia e Mato Grosso, que subiram 3,8% e 3,7% respectivamente, somando 122,4 GWh e 340,9 GWh.
No mês de dezembro o consumo total no grupo atingiu 3.280,8 GWh, crescimento de 5,4% em relação ao mesmo mês de 2019, puxado pelo grupo residencial, onde clima e as restrições impostas foram os principais vetores para a maior alta de um dezembro em 15 anos, além da atividade industrial, que tem se recuperado com intensidade acima do esperado, e a rural, impulsionada pela demanda por produtos agropecuários nos mercados interno e externo.
A classe residencial teve elevação de 12,5% e 9 de 11 distribuidoras apresentaram taxas iguais ou acima de 9%, com destaque para Rondônia, com aumento de 18,8% e Mato Grosso, que subiu 14%, motivadas pelo clima e efeito calendário. Já a indústria cresceu pelo sétimo mês consecutivo, registrando variação de 7,%, maior taxa em 2020.
Outros destaques são os aumentos nas concessões do Mato Grosso do Sul, com 13,7%, maior índice para o mês dos últimos 18 anos, influenciada pelos setores metalúrgico, de minerais não-metálicos e alimentos, e Minas Gerais, que com 16,6% teve a maior taxa para dezembro desde 2010, motivada pelo setor de móveis e têxtil.
Já a atividade rural registrou a maior alta para o mês desde 2011, direcionada pelo clima seco e o bom desempenho de algumas culturas, com destaque para a concessão mato-grossense, que com 21% foi a principal contribuição para o crescimento da classe, devido principalmente ao baixo volume pluviométrico combinado ao período de safra da soja. Em Rondônia a variação foi de 19% pelos mesmos motivos e no Tocantins 17,7% foram verificados em função da produção de açúcar, arroz e ovos.