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O leilão de transmissão de dezembro de 2020 foi marcado pela afirmação de uma quase novata no segmento, a MEZ Energia. Somente nesse certame a companhia quase desconhecida do mercado levou cinco dos 11 lotes colocados em disputa, somando compromisso de aportes de R$ 2,4 bilhões, segundo estimativas da Aneel. Apesar desse apetite, a empresa, que surgiu no final de 2019, promete que não para por aí e projeta aumentar sua presença no setor elétrico nacional.

E o caminho para que essa empresa com sede em São Paulo alcance esse objetivo passa pela geração e comercialização. No radar da companhia está a fonte hídrica, por meio de PCHs, e a solar no mercado livre e geração distribuída. Segundo o CEO da empresa, Maurício Ernesto Zarzur, por enquanto a geração eólica está mais afastada por ser um segmento desconhecido para a organização que pretende contratar mais pessoal para conduzir o desafio de colocar em pé todos os empreendimentos que se compromissaram a realizar.

Até o momento são cerca de R$ 3 bilhões em aportes, considerando o valor estimado pela agência reguladora. Contudo, o executivo afirma que os lances ofertados somente foram possíveis por conta da otimização que a companhia conseguiu. Ele não revela quanto, mas que o índice de redução de capex quando comparado ao valor da Aneel chega a dois dígitos.

“Temos um capex significativamente mais baixo, reduzimos esse valor de forma considerável e a comprovação está no deságio do leilão”, desconversa o CEO da MEZ Energia

Para chegar a esse ponto, conta ele, é necessário voltar no tempo. A MEZ é uma sociedade entre o pai do CEO, Marcos Ernesto Zarzur, e ele, mas que tem origem no final da década de 70, com a fundação da construtora EZtec, pelo avô do CEO, Ernesto Zarzur, que hoje é presidente do Conselho de Administração da construtora.

“Sou da terceira geração da família, trabalhei na Eztec como engenheiro de obra, a construção civil corre nas nossas veias”, define. “Eu e meu pai enxergávamos que era importante buscar outro negócio para diversificar nosso portfólio de investimentos então há 4 anos passamos a olhar o setor elétrico”, diz.

O gatilho, continuou ele, foi a realização de uma sequência de leilões de transmissão com alta rentabilidade. Acima de 20% segundo a análise do executivo. Mas a entrada no setor não se deu diretamente com a MEZ e sim por meio de outra empresa de transmissão, a Arteon Z. Tendo parcerias com outro membro da família e sociedades com Alupar em PCHs. No leilão de transmissão de 2017 foram 3 lotes arrematados.

“Essa foi uma verdadeira escola para nós, fundando uma empresa do segmento de transmissão do zero. Agora estamos deixando a Arteon Z, falta a anuência da Aneel. Estamos focados na MEZ Energia que foi fundada no final de 2019”, explica Zarzur.

Com isso, no ano de 2020, a empresa buscou aquisições com 3 lotes dois no leilão de 2019 e outro de 2018. A MEZ tem 100% do capital dos primeiros adquiridos da Montago e de outros sócios pequenos que formavam a SPE. E há outro em sociedade com a Pacto Energia que detém 20% do capital social.

Para o leilão de 2020, conta o CEO, a empresa estudou os lotes que fariam parte do certame até com visitas em campo para se preparar. Chegaram à disputa com pré contratos firmados para aqueles equipamentos cujo fornecimento é mais específico. Agora, relata ele, a MEZ deverá aumentar em 30% sua equipe que é de 100 pessoas e chegar a 130 até meados de 2021 para tocar as obras desse portfólio que classificou como interessante.