O consumo de energia em dezembro de 2020 chegou a 41.884 GWh, representando um aumento de 2,8% em relação ao mesmo mês de 2019. De acordo com a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, o valor é o maior para o mês desde 2004. As classes residencial e industrial foram os destaques, com aumentos de 9% e 7,3%, respectivamente. No ano de 2020, o consumo acumulou queda de 1,6%, puxado pelo segmento comercial (-10,5%) e industrial (-1,1%). A classe residencial cresceu 4,1% no ano.

No consumo residencial, as regiões Sudeste e Centro-Oeste puxaram o consumo, com altas de 12,2%, enquanto o Sul cresceu 10,3%. O calor contribuiu para o aumento do consumo no Sudeste. Já no Nordeste, com alta de 2,3% e na região Norte, que cresceu 1,6%, as taxas de crescimento no consumo foram mais suaves em dezembro que nos últimos meses.

Na classe industrial, o crescimento do consumo no mês foi o maior do ano e deu continuidade ao aumento do consumo da classe pelo quinto mês seguido.  O Sul, com 10,9%  e Sudeste, com 9,2% e foram os que mais cresceram. O Nordeste foi a única com retração, registrando queda de 0,7% no mês. As altas mais significativas no consumo foram nos segmentos metalúrgico, fabricação de produtos minerais não metálicos e químico.

O consumo comercial teve queda de 7,3% em dezembro, mas apesar do resultado negativo, foi a segunda menor retração do consumo desde abril de 2020. O setor continua sendo impactado pelo distanciamento causado pela pandemia de Covid-19. O Nordeste, com recuo de 16,1%, foi onde a região e que a classe teve a maior queda em dezembro do ano passado.

Por região, o Centro-Oeste foi o que teve maior aumento no consumo em dezembro, com 6,2%, sendo seguido pelo Sul, com 5,3%. O Sudeste vem logo atrás, com 5,23%. As regiões Nordeste e Norte tiveram queda de 5,8% e 0,8%, respectivamente. O Sudeste, teve aumento de 1.015 GWh, revertendo a queda que havia registrado em novembro e o Nordeste  teve retração de 439 GWh. Por ambiente de contratação, o mercado livre teve o expressivo crescimento de 13,1% no mês, enquanto o mercado regulado caiu 2,3%.