A central nuclear de Angra 2 (1,3 GW – RJ) completou 20 anos de operação nessa semana, apresentando dados que apontam para uma geração total de mais de 200 milhões de MWh acumulados nesse período, número alcançado em junho do ano passado, de acordo com a Eletronuclear.
A usina foi conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) na época em que o Brasil passava por uma grave crise energética e contribuiu para reduzir o impacto do racionamento em vigor na medida em que permitiu a economia de água nos reservatórios hidroelétricos.
Em 2017, a central bateu seu recorde de produção bruta, atingindo 11.535.500 MWh, e no ano passado chegou a 9.448.896 MWh, alcançando fatores de disponibilidade de 80,18% e de capacidade de 79,44%. Além disso, o indicador de taxa de perda forçada fechou 2020 em 0,02%, atestando que as práticas operacionais e de manutenção da usina estão em conformidade com o que se espera da indústria nuclear.
Outro destaque são os 24 meses sem nenhum desligamento imprevisto na unidade. Na visão do diretor de Operação e Comercialização da Eletronuclear, João Carlos da Cunha Bastos, trata-se de um marco importante, fruto do trabalho feito ao longo dos últimos três anos para sanar pequenos defeitos no empreendimento.
O executivo acrescenta também que a usina provou sua eficiência nessas duas décadas, tendo ficado entre as dez plantas nucleares de maior geração do mundo, mais de uma vez à frente de unidades com potência superior.
Já Angra 1, a primeira central nuclear de Angra dos Reis (RJ), também teve uma performance significativa no ano passado, atingindo 4.603.623 MWh e fatores de disponibilidade de 82,39% e de capacidade de 81,26%.