A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica informou que o consumo de energia elétrica no início de 2021 demonstrou sinais de crescimento, mesmo quando comparado ao mesmo período do ano passado, quando o país ainda não sentia os impactos da pandemia de COVID-19. No mês de janeiro, o indicador registrou alta de 1,4% em relação a 2020. Os dados coletados integram o boletim InfoMercado Quinzenal.
Na área de geração, com base nos dados prévios, também foi notado uma evolução, cerca de 1,9%, já considerando o volume de 871,22 MW médios de energia importada no período. Já o mercado livre apresentou uma alta de 9,1% do consumo na comparação anual, mantendo uma trajetória de expansão registrada desde agosto de 2020. Enquanto isso, o Ambiente de Contratação Regulada – ACR, reverteu o resultado de dezembro e teve queda de 1,9%. Boa parte desse resultado se deve à migração de consumidores que saíram do mercado regulado e passaram a adquirir seu fornecimento no Ambiente de Contratação Livre – ACL.
Do ponto de vista da geração, destaque para as usinas eólicas, que apresentaram um aumento expressivo, da ordem 98,6%, em relação ao mesmo período do ano passado. Esse salto, de acordo com a CCEE, tem duas causas principais: o crescimento da capacidade instalada da fonte de um ano para outro e o cenário meteorológico que levou as eólicas da região Nordeste a ter uma produção muito abaixo da esperada em janeiro de 2020.
Em relação às demais fontes, foi verificada uma redução de 9,3% por parte das hidrelétricas, um crescimento de 18,9% das fotovoltaicas e uma alta de 18% das térmicas.
Vale mencionar ainda a hidrelétrica de Belo Monte, localizada no rio Xingu. Devido às restrições operativas determinadas para a sua defluência, a usina produziu 56% menos energia do que em janeiro de 2020. No começo do ano passado, a UHE representava 6,4% da geração no SIN. Em janeiro de 2021, passou a representar apenas 2,7%.
(Gráfico CCEE)